- 29 de outubro de 2024
Alimentos com qualidade
Para garantir a qualidade e segurança alimentar dos reeducandos do
sistema prisional de Roraima, a governadora Suely Campos determinou
modificações imediatas na forma de produção e fornecimento.
Assim, o preparo é acompanhado por nutricionistas e a forma de embalar
os alimentos já mudou. Agora as embalagens são de isopor, o que
garante a conservação da temperatura dos alimentos.
O novo chefe de cozinha, Gilmar Andrade, explicou que o tempo e as
condições de preparo do alimento são calculados por duas
nutricionistas. “Isso ocorre para que a comida chegue às unidades em
condições de consumo. A nova empresa dispõe de 65 funcionários que
trabalham por turno, confeccionando as quatro refeições diárias que
atendem ao sistema prisional em Boa Vista”, informou.
Diariamente, a empresa prepara aproximadamente 1.600 refeições sendo
que, 50 são elaboradas conforme as condições de saúde de presos
enfermos, que seguem uma dieta específica. Todo o material usado na
preparação dos alimentos é comprado no mercado local.
Para o desjejum a empresa prepara 3.570 pães por dia, com 50 quilos de
leite em pó e 50 quilos de café. Os pães são preparados com queijo
e/ou presunto. Por turno são utilizados 15 quilos de manteiga, 85
quilos de feijão, 250 quilos carne ou 340 frangos e 189 quilos de
arroz. Além da farofa e os legumes que compõem as marmitas.
Nos finais de semana, esta quantidade aumenta em virtude dos detentos
que pernoitam nos presídios. Todo o alimento é mantido em câmaras de
resfriamento e congelamento para garantir a qualidade até o momento do
preparo para consumo.
Os kits de alimentação são padronizados a partir de um cardápio
semanal elaborado pela equipe de nutrição. A limpeza do local é
vistoriada de forma minuciosa, assim como dos vasilhames onde a comida
é transportada.
“Nossa meta é trabalhar em escala industrial com tempero mais caseiro,
padronizando pratos de forma a servir bem. Trabalhamos com coxa e
peito de frangos, carne bovina, lombo suíno, sempre acrescentando
guarnição de legumes e, às sextas-feiras, servimos feijoada. A
intenção é primar sempre pela qualidade da alimentação fornecida”,
explicou Andrade.
RESCISÃO DE CONTRATO
A decisão de rescindir o contrato com a
Megafoods ocorreu após visita da comitiva da Segurança Pública do
Estado formada pelos secretários de Justiça e da Cidadania, Josué
Filho; da Segurança Pública, Januário Lacerda; de Infraestrutura,
Flamarion Portela; e o comandante da Polícia Militar de Roraima,
coronel Santos Filho, às unidades prisionais.
A primeira unidade a ser visitada foi a Cadeia Pública de Boa Vista,
no dia 07 de janeiro. No dia 12, a comitiva foi à Penitenciária
Agrícola de Monte Cristo e Cadeia Pública Feminina, e constatou a
gravidade dos problemas relacionados à qualidade da alimentação
fornecida e do horário de entrega.
Na ocasião, o secretário de Justiça e da Cidadania, Josué Filho,
afirmou que o preparo de alimento seria possível nas próprias unidades
prisionais e pelos reeducandos no sistema de remissão de pena. Os
locais passarão por adaptações estruturais, aquisição de fogões e
congeladores para armazenar os alimentos.
“Enquanto as cozinhas são estruturadas, a empresa vai fornecer a
alimentação para o sistema. Esta é a solução que podemos adotar
imediatamente para resolver o problema e dar condições dignas de
alimentação aos detentos”, disse o secretário de Justiça e Cidadania.