- 29 de outubro de 2024
Ações preservam tartarugas
Até o dia 23 de fevereiro equipes de fiscalização permanecerão na Estação Santa Fé, no Baixo Rio Branco, região de Santa Maria do Boiaçú, para evitar a ação predadora de humanos durante a desova de tartarugas da Amazônia, tracajás e iaçás. Essa é a última etapa do Projeto de Manejo de Quelônios, com a intenção de garantir a reprodução da espécie na localidade.
A ação faz parte de uma parceria entre a Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), ICMBio (Instituto Chico Mendes de conservação da Biodiversidade - Parque Viruá) e a Cipa (Companhia Independente de Policia Ambiental).
As equipes das quatro instituições iniciaram os trabalhos em outubro do ano passado, com o acampamento e fiscalização nos sítios de nidificação das tartarugas da Amazônia, tracajás e iaçás.
METODOLOGIA
As equipes descem o Baixo Rio Branco e instalam o acampamento no Tabuleiro Santa Fé, uma das praias de nidificação dos quelônios. Isso ocorre no período em que os animais iniciam a desova nas praias, momento em que os traficantes de tartarugas fazem a captura para vendê-las nos municípios do Amazonas e em menos escala nos municípios de Caracaraí e Boa Vista, em Roraima.
No momento da desova as matrizes se tornam vulneráveis quando sobem as praias para fazer as covas onde posteriormente colocarão uma média de 80 ovos (por tartaruga). Ao capturar, os traficantes prendem os quelônios em cercados de madeira dentro da mata e ao aprisionar um grande número de exemplares, os levam para a comercialização.
Nessa fase os trabalhos das equipes consistem em evitar que os traficantes capturem esses animais, permitindo assim, que eles coloquem os ovos para garantir a continuação do desenvolvimento dos filhotes da postura até a eclosão, que no caso das tartarugas da Amazônia, em média 60 dias. A iaça, 60 dias e a tracajá, em média 76 dias.
Nessa temporada foram marcadas 800 covas que representam uma média de 64 mil ovos. As equipes permanecem na Estação Santa Fé até o dia 23 de fevereiro, data prevista para a eclosão dos últimos ovos.