- 29 de outubro de 2024
Empréstimo milinário para nada
Levantamento realizado pelo novo presidente da Caer (Companhia de Águas e Esgoto de Roraima), Danque Esbell, aponta que apenas 43% da população de Boa Vista tem rede de esgoto sanitário, o que representa 30.629 domicílios.
Desde dezembro de 2008, o governo realiza obras de ampliação da rede de esgotamento sanitário. Para financiar o empreendimento, as gestões passadas fizeram empréstimo junto à Caixa Econômica Federal e também receberam recursos do governo federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-II), mas o serviço não concluído.
O serviço de esgotamento na Capital foi dividido em cinco etapas. Após a conclusão de todas elas, 64,74% da população boa-vistense terá o serviço em suas casas. Técnicos da Seinf (Secretaria Estadual de Infraestrutura) que acompanham e supervisionam os trabalhos, acreditam que sejam finalizados no final do próximo ano.
Segundo a fiscal de obras da Seinf, a engenheira Maria Uchoa, as 1ª e 2ª etapas já foram concluídas, e a 3ª está com 92% dos serviços executados. A 4ª etapa está em 7% e a 5ª em 15%.
Maria informou ainda que a 1ª e 2ª etapas foram custeadas com dinheiro de empréstimos contraídos pelo governo passado, junto à Caixa Econômica Federal. A 1ª etapa de ampliação da rede consumiu R$ 2.553.900,01. Na 2ª etapa foram mais R$ 9.348.526,02.
A 3ª, 4ª e 5ª etapas estão sendo realizadas com recursos do PAC II. A 3ª etapa custou R$ 7.068.745,08. A 4ª etapa saiu por R$ 18.260.873,05 e a 5ª foi orçada em R$ 9.707.203,09. O investimento nas cinco etapas é de R$ R$ 74.926.537,06.
A engenheira explicou que os recursos federais são liberados conforme o andamento dos serviços. O último repasse ocorreu em outubro do ano passado. A falta de pagamento às empresas acabou prejudicando o andamento das obras. A ordem da governadora Suely Campos é acelerar o serviço, para conclusão o quanto antes.
As obras servem para revitalizar toda a rede de esgoto na Capital, com a construção de estações de tratamento e novas elevatórias. Os serviços também visam aumentar o número de linhas de recalque (quando uma edificação sofre um rebaixamento devido ao adensamento do solo sob sua fundação) e interceptoras, principalmente nos bairros da zona Oeste.
Atualmente, dispõem do serviço moradores dos bairros centrais da capital. O novo governo agora vai intensificar as obras de esgotamento para atender os moradores da zona Oeste.
As 3ª, 4ª e 5ª etapas contemplam a população dos bairros Caimbé, Nova Canaã, Jardim Tropical, Alvorada, Equatorial, Centenário, Aracelis, Tancredo Neves, Buritis, Cambará, Pintolândia, Nova Cidade, Senador Hélio Campos, Cinturão Verde, Jóquei Clube, Sílvio Leite, Raiar do Sol e Bela Vista.