- 29 de outubro de 2024
A falta de medicamentos, insumos e condições precárias da estrutura física dos hospitais da rede pública estadual fundamentarão o decreto de estado de emergência no setor, anunciado pela governadora Suely Campos na manhã desta quinta-feira, dia 22, durante cerimônia de entrega de viaturas para as secretarias estaduais de Segurança Pública e de Saúde no Palácio Senador Hélio Campos. O documento ainda será editado e publicado no Diário Oficial do Estado.
A partir da publicação do decreto de emergência, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) poderá acelerar o processo de compra de medicamentos e demais itens necessários para o bom funcionamento das cinco unidades de saúde na Capital e 14 no Interior administradas pelo governo estadual.
“Nós precisamos dar celeridade nos processos de compra de medicamentos, que ainda estão faltando nas unidades de saúde e se seguir o rito normal, vai continuar faltando remédios nos hospitais”, justificou a governadora ao afirmar que o decreto será assinado ainda hoje.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Kalil Gilbran Coelho, toda a estrutura física das unidades de Saúde está comprometida, resultado da falta de investimento no setor. “As unidades da Capital foram encontradas praticamente destruídas, com sistema elétrico em risco de pane e tudo isso tem que ser colocado em cima da mesa, mas demanda tempo para recuperarmos o sistema público de saúde”, frisou.
ESTADO DE EMERGÊNCIA
Trata de uma declaração governamental em resposta a uma situação extraordinária. Em Roraima, por considerar precário o estado da Saúde pública, a governadora decidiu por fazer a decretação pelo fato de possibilitar a suspensão de determinadas funções normais do governo, como aquisição mais rápida de itens necessários para o funcionamento das unidades de saúde.
“Encontramos as unidades sem medicamentos, cozinhas com fossas abertas, leitos reduzidos, e não temos como mudar esse quadro da noite para o dia. O estado de emergência nos permite acelerar a solução, o que já estamos fazendo”, ressaltou o secretário de Saúde.
Conforme ele, com a decretação do estado de emergência todos os gestores olham com mais ‘carinho’ para a Saúde. “A Sefaz disponibiliza um aporte de recurso maior. O Governo Federal avalia liberação de recursos e isso nos dá ferramenta financeira para viabilizar o processo”, esclareceu Coelho.