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CAER

Vistoria encontra sistemas de abastecimento de água sucateados no nterior.


Empresa vistoria 14 municípios

Durante o fim de semana, dias 17 e 18, uma comitiva que incluía dois diretores e o presidente da Caer (Companhia de Água e Esgoto de Roraima), percorreu sete municípios e uma vila do Sul do estado. A constatação foi um cenário de abandono da estrutura física, um débito milionário, colaboradores desmotivados e um sistema defasado e insuficiente para atender à população.

Um exemplo do descaso está em Rorainópolis, município que faz divisa com o Amazonas e segundo maior do estado, com população de mais de 24 mil habitantes. Entretanto, apenas 1.645 ligações de água estão cadastradas e um débito perto de R$ 1 milhão. A solução, segundo os diretores, será uma força tarefa para cadastrar e regularizar as ligações de água de todos os municípios do Interior.

O maior débito, no entanto está em Caracaraí, que passa de R$ 1,4 milhão. A sede da empresa no município foi construída em 1976, e desde então não recebeu reformas ou investimentos no sistema de abastecimento. Mesmo com mais de três mil ligações ativas, apenas cinco poços atendem os 20 mil habitantes.

Realidade parecida foi encontrada em Mucajaí, que sofreu na primeira semana do ano com falta de água devido às más condições da captação de água bruta do rio. Foi necessária uma limpeza na área onde fica a balsa com as bombas de captação, porque a estrutura não possibilitava a mudança de posição do flutuante.

O cenário mais preocupante, porém, está em São João da Baliza onde o nível de água da barragem que abastece a ETA (Estação de Tratamento de Água ) está muito baixo. A estimativa é que, caso não chova nos próximos 10 dias, não haverá como captar mais água da barragem. Além disso, a própria ETA possui vazamentos de água tratada, que acarretam em perda e desperdício perto dos 20%. A solução imediata, de acordo com os técnicos, será a reativação de dois poços que estão parados hoje.

Outra difícil realidade está na vila de Entre Rios, município de Caroebe, onde não há sequer uma sede construída para atendimento aos clientes. “Aqui falta água várias vezes durante o dia. A gente chega do trabalho suado e não tem como tomar um banho. Hoje mesmo fui lavar minha moto e não tinha água e a qualidade não é boa, a água chega suja e barrenta”, reclamou André Souza, agricultor.

Segundo o presidente da Caer, Danque Esbell, a situação no interior é grave e a visita foi para verificar a real necessidade de cada localidade. “As dificuldades são muitas, mas já estamos fazendo um levantamento para aquisição de equipamentos, tanto pra Capital como Interior, pois não há estoque. Encontramos também um quadro de funcionários desmotivados, mas estamos em um novo governo, vamos implantar um novo ritmo de trabalho com foco no atendimento de qualidade à população. Vamos dar condições favoráveis de trabalho para que eles possam exercer da melhor forma possível suas funções”, garantiu.

A vistoria constatou ainda que as pontas de rede da Caer estão com os famosos ‘pés de galinha’, que é uma extensão de rede de forma clandestina, o que segundo os novos gestores, será resolvido em um curtíssimo espaço de tempo, pois será enviada uma equipe aos municípios para cadastrar esses clientes como consumidores da Caer.

PRÓXIMAS VISITAS 

As visitas ao Interior seguirão pelo próximo final de semana, dia 24 e 25. “Faremos um levantamento completo dos 14 municípios. Isso é importante para conhecermos as necessidades de cada um, apresentarmos aos colaboradores os novos dirigentes e nossas metas e formas de trabalho. Vamos mostrar que neste governo o objetivo é a solução dos problemas, que muitas vezes são soluções simples, e que a governadora está atenta para a boa prestação dos serviços públicos com zelo ao patrimônio e moderação na aplicação dos recursos”, garantiu Esbell.

 

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