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Esgoto

Caer compra bombas para evitar poluição no Rio Branco.


Rio Branco, sem esgoto

O presidente da Caer (Companhia de Águas e Esgoto de Roraima), Danque Esbell, já solicitou abertura de processo licitatório para aquisição de bombas e outros equipamentos necessários para que a empresa não despeje mais esgoto sem tratamento no rio Branco, como vinha ocorrendo nas gestões anteriores. Apenas em Boa Vista, a Caer tem que manter diariamente 80 bombas.

O dano ao meio ambiente ocorria, segundo Esbell, porque as bombas eram velhas e não passavam por manutenção. Ele explicou que quando o equipamento sofria avarias, provocadas principalmente pelas quedas de energia, a estação elevatória transbordava e o esgoto logo era mandado para o extravasor, que o despejava no rio.

“Então, era preciso consertar ou substituir o motor, ou simplesmente trocar um fusível, para que a estação voltasse a bombear o esgoto até a bacia de estabilização e tratamento. Mas enquanto isso não ocorria, os dejetos não podiam transbordar nas elevatórias, por isso eram lançados no rio”, explicou.

Com a compra das bombas para substituir as que estão sucateadas e abastecer o estoque de reposição, será possível fazer a substituição imediata em caso de pane, evitando assim a poluição do rio Branco. O investimento é de aproximadamente R$ 800 mil, com a compra de novas bombas, motores e na manutenção dos equipamentos desgastados.

Esbell constatou ainda que 12 estações elevatórias na Capital estão com as estruturas físicas comprometidas e com apenas um motor-bomba. No caso de pane, por exemplo, o esgoto sem tratamento pode voltar a ser lançado no rio.

“E é isso que não queremos. O problema é que a empresa está sucateada. Falta reforma nos prédios e manutenção nos equipamentos. A maioria dos motores está desgastada. E o pior é que não há bomba de reposição”, alertou.

Para evitar prejuízos ao meio ambiente e à população, Esbell disse que a nova diretoria da Caer já trabalha com um plano de ação, seguindo determinações da governadora Suely Campos. “Por isso, pedimos a abertura do processo de compra dos equipamentos. O que não pode é a empresa voltar a lançar dejetos em nossos rios”.

A nova diretoria também fez ajustes para melhorar o atendimento ao cliente. Na gestão passada, apenas uma servidora trabalhava no Call Center para atender milhares de consumidores. Esse número aumentou e já diminuiu o tempo que o consumidor espera para conseguir a ligação.

A situação financeira da estatal também é delicada. A empresa deve R$ 150 milhões apenas à Eletrobras, fornecedores e tributos fiscais, sem contabilizar os empréstimos contraídos pelos últimos governos junto a órgãos do Governo Federal.

Mesmo trabalhando no ‘vermelho’, a Caer, sob a nova direção, vem conseguindo desenvolver ações na Capital e no Interior do estado. Esbell lembrou que em Normandia, por exemplo, já foram substituídas três bombas. Os técnicos também conseguiram fazer o desencalhamento da balsa em Mucajaí, e equipamentos foram substituídos nos municípios de Bonfim e Caracaraí.

 

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