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Medicamentos

Sem estoque, Sesau vê nova crise


O setor responsável pelo abastecimento de medicamentos e material hospitalar de todas as unidades de Saúde do Estado foi recebido da gestão passada em situação crítica, tanto no que diz respeito ao estoque quanto à estrutura física.  A Cgaf (Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica) do Estado deve concluir na próxima semana, um levantamento situacional da unidade, a pedido da governadora, Suely Campos. Por meio do relatório, a gestão vai tomar um conhecimento aprofundado das condições em que foi recebida a unidade, a fim de tomar as providências emergenciais necessárias.

Além de problemas graves na estrutura física do prédio, o que mais preocupou a atual coordenação foi a escassez de medicamentos, dos mais comuns aos especializados e os de alto custo, além da falta de material médico-hospitalar.

Itens básicos como equipo macro gotas, luvas, esparadrapo, tiras de glicemia, touca cirúrgica estão em falta. Além disso, falta ocitocina (utilizado durante o trabalho de parto), sulfactante pulmonar (para recém-nascidos prematuros), nutrição parenteral (alimentação), imunoglobulina anti-humano RH D (para gestantes com tipagem sanguínea RH negativo), benzetacil potássica cristalina (antibiótico), entre outros itens deixados.

Segundo a coordenadora da Cgaf, Juliana Ferreira, o relatório está em fase de conclusão e deverá ser entregue ao secretário estadual de Saúde, Kalil Coelho, na próxima quarta-feira, dia 21, para que as medidas emergenciais sejam adotadas, dando assim as condições necessárias para o bom desempenho dos trabalhos na unidade e também melhoria na prestação dos serviços aos usuários do SUS (Sistema único de Saúde).

A coordenadora ressaltou que o Governo ainda aguarda a entrega de medicamentos comprados durante do decreto emergencial, firmado na gestão passada. “Estamos aguardando a entrega de alguns itens contemplados em processo emergencial do ano passado, o que deverá suprir a demanda apenas de forma paliativa”, informou.

Juliana adiantou ainda que a calamidade no setor não se aplica apenas à falta de medicamento. Segundo ela, rachaduras, mofo nas paredes, instalação elétrica comprometida com perigo de haver curto-circuito, acesso de bichos e roedores ao prédio, buracos na parede, centrais de ar que não funcionam, deixando o prédio em temperatura inadequada para alguns produtos, fezes de pombos e ratos no forro e a presença de cupins, são alguns pontos emergenciais que foram levantados.

O Plano Anual, que inclui todos os medicamentos necessários para suprir as necessidades do Estado durante este ano, deve ser fechado até a próxima semana. Segundo Juliana, a equipe está fazendo o levantamento de tudo o que falta, e após a conclusão do plano, a Cgaf vai iniciar o processo de compra. “A previsão é que no próximo mês iniciemos o processo de aquisição por meio de pregão eletrônico”, informou.

 Outro ponto observado durante a realização do relatório é a necessidade de mudança no sistema de trabalho. “Queremos envolver os profissionais. Estamos fazendo um trabalho forte com a equipe, uma reestruturação organizacional de todos os setores, para fazer um trabalho com maior dinamismo na atuação da Cgaf, com o objetivo de melhorar o atendimento prestado aos usuários”, concluiu a coordenadora.

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