Sarampo e Poliomielite

O Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações (NEPNI) tem orientado aos coordenadores municipais de imunização, sobre a necessidade de intensificação da vacinação contra o sarampo e poliomielite, que, até o momento, possuem 67% e 91% de cobertura vacinal, respectivamente. Em função das baixas coberturas obtidas na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e campanha de seguimento contra o Sarampo, a coordenação geral do PNI prorrogou a vacinação até o próximo dia 31 de dezembro.

Após isso, os municípios terão até o dia 9 de janeiro de 2015 para inserir os dados sobre as doses aplicadas nos sistemas de informação do PNI. Dessa forma, as crianças de seis meses a menores de cinco anos devem continuar sendo vacinadas contra a poliomielite e as crianças de um ano a menores de cinco anos de idade, contra o sarampo. O número estimado de crianças a serem vacinadas é de 45.462 e 40.160, respectivamente.
Para o gerente do NEPNI, Rodrigo Zagury, torna-se importante que cada coordenação municipal adote estratégias como a intensificação da oferta de vacinação em parceria com a Estratégia de Saúde da Família (ESF), realização de novo dia D a ser definido pelos municípios, ampliação do horário de funcionamento das salas de vacina, divulgação nas imprensa e outros meios de comunicação locais, a fim de imunizar pelo menos 95% das crianças na faixa etária alvo da vacinação.
"Apenas com a vacinação e o alcance da meta de cobertura vacinal poderemos manter o Brasil livre da circulação do vírus da poliomielite, evitando a reintrodução do vírus. Em relação ao sarampo, precisamos ficar em alerta e imunizar o maior número de crianças possível, tendo em vista que foram registrados casos na região nordeste do país, no ano de 2013 e 2014", alertou.
POLIOMIELITE E SARAMPO
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
Embora, atualmente, o Brasil esteja livre da poliomielite é fundamental a continuidade das campanhas de vacinação, para evitar a reintrodução do vírus no país. 
O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações - como otite, pneumonia, diarreia, entre outras - contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.
Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará.