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Alerta da OMS

Casos de malária na Venezuela preocupam autoridades do Brasil.


Malária na Venezuela assusta

Roraima tem conseguido números satisfatórios na redução dos casos de malária no Estado. Por outro lado, os altos índices da doença na Venezuela, na fronteira com o Estado, podem colocar em cheque as ações realizadas pela Vigilância em Saúde do Estado, por meio do Núcleo Estadual de Controle da Malária. O alerta foi dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em virtude dos trabalhos de combate e controle, até outubro houve uma queda de 15,70% em relação ao mesmo período do ano passado, superando a meta de redução estabelecida pelo Ministério da Saúde (12%).
Segundo a OMS, no ano 2000 foram registrados cerca de 200 mil novos casos de suspeita de malária na Venezuela, enquanto, em 2012, esse número já era de 410 mil e, hoje, chega a mais de 475 mil. A instituição aponta como gargalos do país vizinho, problemas no serviço de saúde e o fluxo de pessoas por minas de ouro.
A gerente do Núcleo de Controle da Malária, Irisângela Brito, destacou que o aumento no número de casos no país vizinho preocupa as autoridades locais porque, devido à proximidade geográfica, há um grande fluxo de pessoas entre os dois países. Só neste ano, 1.741 casos positivos de malária notificados em Roraima foram importados de outros países, sendo 1.092 somente da Venezuela.
Irislândia lembrou que o Estado mantém um laboratório sentinela na fronteira com a Venezuela, no município de Pacaraima, para monitoramento dos casos mais graves da malária, as causada pelo plasmódio falciparum. "Não existe vacina para a malária, dessa forma, as melhores medidas de prevenção individual são usar mosquiteiros, inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, telas em portas e janelas e uso de repelentes, principalmente nas áreas de risco", explicou. 
Dentre as recomendações para evitar a doença, estão ainda: evitar banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica.
CASOS
No ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (Sesau) contabilizou no período de janeiro a outubro, 7.280 casos confirmados de malária. Já no mesmo período deste ano, a quantidade registrada é de 6.137.
De acordo com os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da malária (SIVEP/Malária), o estado de Roraima vem alcançando uma redução a partir de 2010, quando foram notificados 21.806 casos da doença, número que caiu para 14.102 casos no ano seguinte. Em 2012, registrou-se 8.388 casos de malária, e em 2013, foram 8.575 casos contabilizados. Tal redução se deve aos esforços realizados pela Gerência Estadual de Controle da Malária em parceria com os municípios, bem como a realização de capacitações para colaboradores e o desenvolvimento de supervisões das ações de controle da malária realizada pelos municípios.

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