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Método Canguru

Formação de tutores para método canguru inicia nesta 2ª feira.


Tutores em formação

A partir da próxima segunda-feira (15), o Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) vai iniciar a formação de 30 novos tutores do Método Canguru. Após o curso, estes profissionais estarão aptos a atuarem como multiplicadores das técnicas do método voltado à atenção a recém-nascidos de baixo peso.
As aulas, com carga horária de 40 horas, ocorrem no auditório da unidade e são voltadas aos profissionais de nível superior que atuam na aplicação do método. A formação ocorre de 15 a 19 de dezembro, no período matutino e vespertino e será ministrada por uma equipe multidisciplinar da unidade, com a participação de três consultoras do Ministério da Saúde, que também irão avaliar o desempenho da unidade na aplicabilidade do método.
A tutora do Método Canguru no HMI, Neudalha Pontes de Melo, lembrou que atualmente cerca de 85% dos profissionais de nível médio e superior da UTI neonatal são capacitados para aplicarem o método, mas explicou que esta é uma capacitação diferente, pois vai formar pessoas que possam atuar como disseminadores do método. Segundo ela, atualmente, a unidade dispõe de quatro tutores atuantes. "Estes novos tutores atuarão como multiplicadores para fortalecerem cada vez mais a metodologia", disse.
Ela explicou que além da UTI Neonatal da unidade, o curso envolve profissionais de diversos setores ligados ao atendimento às crianças de baixo peso, como o Banco de Leite e as Salas de parto. "O curso envolve exposição dialogadas, que são as aulas teóricas, e vivência, com dinâmicas e outras atividades práticas", explicou.
O método é um tipo de assistência neonatal, baseada no contato pele a pele, precoce e progressivo entre mãe e bebê até se atingir a posição canguru. Foi pensado inicialmente na Colômbia, em 1979, para diminuir a mortalidade neonatal no país. A idéia era simples: a colocação do recém-nascido contra o peito da mãe pode promover maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras. O método permite ainda alta precoce do bebê de baixo peso, menor taxa de infecção hospitalar e maior qualidade da assistência. Tudo isso com menor custo para o sistema de saúde.
Em Roraima, o sistema foi implantado em 2001 no HMINSN, que se tornou referência estadual. A meta agora é intensificar a aplicação do método nas demais unidades e hospitais do Estado.
FASES
O método é desenvolvido em três etapas: na primeira, quando o recém-nascido está impossibilitado de ficar junto à mãe e necessita de internação na unidade neonatal, inicia-se o contato direto pele a pele entre a mãe e o bebê, progredindo até a colocação do bebê sobre o tórax da mãe. Na segunda fase, a saúde do recém-nascido está estabilizada e ele pode contar com o acompanhamento contínuo da mãe. A posição canguru é mantida pelo maior tempo possível, como se fosse um estágio para a alta hospitalar. Na terceira etapa, o bebê já recebeu alta hospitalar, mas ainda necessita de acompanhamento ambulatorial para avaliações de seu desenvolvimento físico e psicológico.

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