00:00:00

Vida

Parteiras tradicionais veem experiências em encontro com profissionais do Sus.


Sus ensina parteiras de RR

O encontro com parteiras e profissionais do Sus  inicia nessa segunda-feira, 08,  e segue até a próxima sexta (12). O evento acontece no hotel Cristal, o dia inteiro, e pretende reunir 35 mulheres indígenas e não indígenas do estado, para compartilhar experiências no trabalho de redução da mortalidade materno-infantil e na ampliação da assistência às gestantes e ao bebê, por meio da Rede Cegonha.

Este encontro que terá a participação e apoio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é quase todo financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde (MS). Os custos com os deslocamentos das parteiras ficou por responsabilidade do Distrito sanitário Especial Indígena (DSEI).  Já o projeto é de responsabilidade do Grupo Curumim, entidade que atua com parteiras tradicionais em várias regiões do Brasil, sendo referência no trabalho junto a este grupo de mulheres.

De acordo com a gerente do Núcleo de Ações programáticas de Saúde dos Povos Indígenas (NAPSPI), Claudete Cruz Ambrósio, a Sesau estará presente em todos os momentos pois é de interesse do Estado, além de ser um momento perfeito para a Rede Cegonha local divulgar suas ações e poder também participar, já que está dentre as ações o trabalho com parteiras tradicionais (incluindo indígenas). “Também levamos materiais  informativos de interesse das mulheres presentes”, informou.

Além do DSEI fazer o deslocamento das parteiras até o local do evento e levá-las de volta, o encontro também terá a presença de profissionais dos Polos Base onde as parteiras vivem, pois são eles que interagem com as parteiras no dia a dia.

As participantes são dos municípios de Alto Alegre, Amajari, Cantá, Bonfim, Normandia, Uiramutã e Pacaraima. Das 35, somente 10 estão se atualizando, pois já participaram do curso e possuem o kit de saúde. Entretanto, as outras 25 que participam pela primeira vez, ao final do curso receberão os kits das parteiras tradicionais e poderão atuar nas suas respectivas localidades.

O kit fornecido pelo MS contém 35 itens, entre eles, capa de chuva, fralda, toalha, estetoscópio, balança pediátrica, entre outros itens. Esses São equipamentos básicos de assistência imediata ao recém-nascido, mas que contribuem com a qualidade dos serviços prestados às gestantes durante o parto.

Claudete explicou que o treinamento tem o objetivo de dar suporte e auxílio aos profissionais de saúde da Atenção Básica, tendo a estratégia na redução da mortalidade, seja ela, materna, infantil ou fetal. “As parteiras não tiram o papel do profissional de saúde e sim ajudam as mulheres com dificuldades em chegar ao hospital com segurança. Com o treinamento, elas (parteiras) estarão qualificadas e prontas para preservar a saúde e a vida da mãe e do bebê”, frisou.

O trabalho faz parte da estratégia da Rede Cegonha. A carga horária do curso será de 40 horas, sendo que todas as parteiras serão certificadas sobre como realizar um procedimento seguro, a identificar casos de gestação de risco e, sobretudo, identificar qual o melhor momento de encaminhar as gestantes à unidade de referência, isto é, o Hospital Materno-infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN).

Últimas Postagens

  • 29 de outubro de 2024
"Mulher não vota em mulher"
  • 24 de outubro de 2024
Agenda Secreta