- 29 de outubro de 2024
Vacinação contra a doença
O Estado de Roraima passará a oferecer às gestantes e recém-nascidos, a vacina acelular contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa), que antes era disponibilizada apenas para um público específico. A vacina acabou de ser incluída no Calendário Nacional de Vacinação, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para disponibilidade em todo o país.
A proposta do Ministério da Saúde (MS) é reduzir a incidência e a mortalidade causada pela doença, principalmente entre os recém-nascidos. Em Roraima, a estimativa do ministério é de atender cerca de 10,5 mil gestantes e também 294 trabalhadores de saúde.
Para iniciar o programa, o Estado recebeu aproximadamente 3.800 doses, no mês de setembro. Destas 2.810 foram distribuídas aos municípios, de acordo com a estimativa de gestantes para cada região. O repasse foi feito da seguinte forma: Amajari (15), Alto Alegre (40), Boa Vista (1.700), Bonfim (30), Cantá (55), Caracaraí (90), Caroebe (60), Iracema (45), Mucajaí (80), Normandia (30), Pacaraima (30), Rorainópolis (105), São Luís (40), Uiramutã (30), São João do Baliza (40) e Distritos Sanitários Yanomami (120) e do Leste (300).
Conforme gerente do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização (NEPNI), Rodrigo Zagury, com a novidade será possível ampliar o número de beneficiados. “Antes a vacina era oferecida apenas para um público específico, que incluía as crianças especiais, as soropositivo, casos de alergias a outras vacinas. Agora com a novidade será possível ampliar esta cobertura vacinal, e com isso atender mais pessoas, inclusive profissionais de saúde”, esclareceu.
A recomendação do Ministério da Saúde é para aplicação da dose entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação – período que gera maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto.“Antes a grávida recebia três doses da vacina contra difteria e tétano. Agora, ela deve tomar duas doses dessa vacina e a terceira passa a ser a dTpa, e com isso além de se proteger, a mãe passa anticorpos para seu filho ainda no período de gestação, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses de vida até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche, definido pelo calendário básico”, complementou Zagury.
Nesta terça-feira, 18, outras 1.100 doses deverão ser repassadas pelo Ministério para o trabalho contínuo no Estado. “Hoje, a coqueluche é um problema de saúde pública no mundo, devido ao seu aumento de casos nos últimos anos, e diante deste cenário, o Ministério tem buscado reforçar em todos os estados brasileiros o combate à doença com a introdução da dTpa”, salientou.
COQUELUCHE
É uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. As principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras. O número de casos da doença reduziu de 40 mil notificações nos anos 80, em média, para cerca de 1.500 casos na década de 2000. No entanto, a partir de 2011, houve aumento nos casos da doença em todo o mundo, sobretudo em crianças menores de três meses, por não terem ainda recebido o esquema completo da vacinação contra a doença.