- 29 de outubro de 2024
O artigo intitulado o "Estresse entre policiais civis de Roraima: a importância do Núcleo de Saúde e Auxílio Psicossocial", de autoria da chefe do Núcleo de Saúde da Polícia Civil de Roraima, Mônica Lopes, será apresentado nesta quarta-feira, 12, na II Amostra Científica da Faculdade Cathedral em Boa Vista. O evento está previsto para as às 19 horas.
Mônica Lopes, que é graduanda do curso de Psicologia da Faculdade Cathedral, observa que a pesquisa aborda a importância do Núcleo de Saúde e Auxílio Psicossocial da Polícia Civil do Estado de Roraima, face às incidências e efeitos do estresse, considerado um dos principais riscos ocupacionais existentes no ambiente de trabalho, causadores de danos e ou agravos à saúde dos Policiais Civis.
Segundo ela, a pesquisa tem como objetivo principal evidenciar a importância da prevenção, tratamento e acompanhamento dos policiais e seus familiares, incluindo a promoção da saúde, de qualidade de vida e bem-estar no exercício de sua função. Para a realização do trabalho, Lopes utilizou como metodologia de trabalho um estudo de análise documental e bibliográfica do tipo descritiva, tendo como referências dados obtidos nos relatórios do Núcleo de Saúde e Auxílio Psicossocial da Polícia Civil de Roraima - NSAP, durante o período de Junho à Outubro de 2014. Também, do Programa de Prevenção e Gerenciamento do Estresse desenvolvido em 2011 pela Secretaria Estadual da Segurança Pública - SESP, em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP.
"O relatório do Programa consta a sugestão da criação do Núcleo de Saúde e auxílio Psicossocial da Polícia Civil, criado conforme a Lei Complementar nº223 de 27 de Janeiro de 2014, Art.19-D, no qual dentre suas atribuições constam ações de promoção e acompanhamento biopsicossocial, individual e coletivo, atendimento psicológico aos Policiais Civis e familiares, preparação do profissional para a aposentadoria, ações voltadas à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, considerando os parâmetros preconizados pelo Programa de Qualidade de Vida SENASP/MJ", esclarece.
Lopes observou que atualmente os princípios e as metas de necessidade da valorização dos profissionais, na tentativa de reduzir os riscos de adoecimento no desempenho de suas funções, buscam o modelo biopsicossocial entre as dimensões biológicas, psicológicas e sociais.
"Mesmo com o ambiente de trabalho inadequado, muitas vezes o policial precisa adaptar-se, contudo, no decorrer dos anos, as doenças ocupacionais começam a surgir. Como maior consequência, observamos a sobrecarga física e emocional, ocasionadas pelo acumulo de estresse gerado por um ambiente hostil e dificuldade de enfrentamento diante de situações difíceis que exige do profissional, um nível de atenção elevada", disse.
Para ela, diante do contexto, acredita-se que é necessário maior investimento na qualidade de vida do policial civil através de ações de saúde, mudança de cultura institucional e valorização do profissional influenciando o bem-estar, dando continuidade aos trabalhos e otimização das atividades de Polícia Judiciária do estado de Roraima, visando os princípios de competência, primazia do interesse público e da Administração.
Mônica Lopes informou que para a elaboração da pesquisa teve como orientadora a professora mestre em psicologia, Bianca Jorge Sequeira e como co-orientadora, a psicóloga e especialista em Recursos Humanos, Darlim Saratt Mezomo.
"Esta pesquisa é importante devido a relevância do trabalho que vem sendo realizado hoje no Núcleo de Saúde e Auxílio Psicossocial e que tem surtido efeitos positivos na saúde do policial civil e seus familiares, pois visa uma melhor qualidade de vida, a valorização e saúde desse profissional".