- 01 de novembro de 2024
Doença reduz 15,70% até agora
Com redução de 15,70% dos casos de malária em Roraima no período de janeiro a outubro deste ano, comparado com o mesmo período do ano anterior, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) entende que o diagnóstico preciso da doença tem contribuído positivamente para este quadro. No período, os casos confirmados caíram de 7.280 em 2013, para 6.137 neste ano.
Com o objetivo de manter esta realidade, o Programa de Controle da Malária promove desde o dia 03 de novembro, no laboratório de Análises Clínicas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR), um curso de atualização técnica aos microscopistas revisores, que são os profissionais responsáveis em reavaliar as lâminas previamente examinadas pelos laboratórios que atendem pacientes com sintomas da doença. O treinamento segue até a próxima sexta-feira, 07.
De acordo com a técnica do Núcleo de Controle da Malária, Roberta Nogueira Calandrini, profissionais do interior e de Boa Vista foram acionados para participar do treinamento sobre o diagnóstico da malária. Roberta conta que em 2014, foram realizados 73.111 exames para o diagnóstico da malária, sendo mais de 52% (38.270) por busca ativa, ou seja, os profissionais vão até uma localidade, provavelmente propícia à doença, e realizam os exames.
Com base nas notificações é possível identificar os municípios com maior incidência da doença e a partir desses dados, planejar e realizar as ações de combate e controle. “Pretendemos através deste treinamento, manter os índices de redução da malária alcançados nos últimos anos”, disse a técnica.
A atualização dos microscopistas revisores deve ocorrer a cada três anos, sendo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). A medida visa garantir a qualidade do diagnóstico e consequentemente a garantia de dados mais coerentes com a realidade. O curso é ministrado pela coordenadora do Laboratório de Revisão e Controle de Qualidade de Lâminas de malária, Ilma Antony.
DIAGNÓSTICO
Para garantir a qualidade do diagnóstico de malária, as lâminas passam por três etapas. A primeira acontece no laboratório base, que é responsável em colher a amostra do paciente em lâminas e diagnosticar possíveis casos de malária. Estas lâminas são encaminhadas para um laboratório de Revisão, que repetirá a análise a fim de confirmar o primeiro diagnóstico.
As lâminas coletas nos laboratórios de base são encaminhadas aos de Revisão da própria localidade para a segunda avaliação. A terceira etapa e última do processo é o controle de qualidade das lâminas enviadas pelos laboratórios de revisão ao Lacen.
Ilma esclarece que o trabalho destes profissionais é de suma importância. O procedimento adotado nesta atividade serve para garantir a fidedignidade das notificações dos casos confirmados da doença. “É importante frisar que o paciente não espera todas as etapas para iniciar o tratamento. Assim que confirmado no laboratório base o caso de malária, a pessoa já recebe a medicação adequada e já inicia o tratamento de imediato”, explica a coordenadora lembrando que o Ministério da Saúde preconiza o início do tratamento em até 48h após o início dos primeiros sintomas.