- 01 de novembro de 2024
Para alcançar a meta estabelecida ao estado de Roraima, a de cadastrar anualmente 1.605 doadores para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), o Hemoraima (Hemocentro de Roraima) tem mobilizado instituições a fim de formar parcerias no sentido de angariar novos cadastros para o banco de dados de medula óssea. Até o momento, 1.184 pessoas cadastradas este ano.
A diretora de Captação do Hemocentro, Terezinha de Jesus Khan explica que a meta até o ano passado era de 370 novos cadastros, ou seja, quatro vezes menos quando comparado com a meta para este ano. “Por conta deste salto, o Hemocentro, para conseguir atingir a meta, como tem feito todos os anos, está mobilizando instituições e também doadores voluntários que desejam se cadastrar no Redome”, enfatizou.
Ela lembrou que o cadastro não implica, necessariamente, em efetuar a doação da medula óssea. Caso haja uma compatibilidade, a pessoa cadastrada será consultada e poderá tomar essa decisão. Se houver interesse em doar, os esclarecimentos são feitos e todos os custos até o centro especializado neste tipo de coleta, são de responsabilidade do Redome.
O Redome é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para registrar as informações de possíveis doadores de medula óssea. Para tentar garantir que o cadastro adquira uma maior representatividade da diversidade genética do país, o governo federal criou cotas para o cadastro de novos doadores em cada estado, de modo que sejam atraídos doadores nos nichos que precisam de mais representação.
Em Roraima, o Hemocentro tem realizado ações externas desde o dia 17 de setembro, a fim de atingir a meta estipulada ao estado. A equipe da unidade já esteve cadastrando novos doadores na Universidade Federal de Roraima (UFRR), no Exército, na Base Aérea, no Corpo de Bombeiros e na Academia de Polícia Integrada da Polícia Militar. “Estamos à disposição das instituições interessadas em firmar parceria com o Hemocentro”, declarou.
Nestes casos, é agendada uma data para que os técnicos da unidade se desloquem ao local para a realização dos cadastros e coletas de amostras. "Estas parcerias são fundamentais para que a gente abranja o limite que foi disponibilizado para o Estado. Quanto mais pessoas se cadastrarem, mais chances uma pessoa doente tem de encontrar um doador compatível em todo o país", disse.
CADASTRO
Para fazer parte deste cadastro, é preciso ter entre 18 e 55 anos, não possuir diagnóstico de doenças infectocontagiosas e fazer uma coleta de 5 ml de sangue, que será analisada em Goiânia (GO). O exame de histocompatibilidade (HLA) vai encontrar as características genéticas do sangue, o que torna possível identificar receptores.
A retirada de sangue é simples, fácil e não dói. Quanto mais pessoas doadoras, mais chances de conseguir pessoas compatíveis. Como no Brasil o grau de miscigenação da população é muito grande, as chances de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro são, em média, 1 para 100 mil. Para aparentado pode chegar de 25 a 35%.