- 01 de novembro de 2024
Novos doadores sairão da UFRR
Continuando com a série de parcerias que o Hemocentro de Roraima (Hemoraima) tem feito para ampliar o número de doadores de medula óssea, a ação segue agora para a Universidade Federal de Roraima (UFRR), onde se espera cadastrar até 700 novos possíveis doadores. A unidade quer chegar ao teto anual estipulado para Roraima, que é de 1.605 cadastros e para isso, precisa de pouco mais de 900 cadastros no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A ação será realizada na Unidade de Saúde da UFRR, no período da manhã desta terça-feira, 21, para onde serão levados dois técnicos de enfermagem e dois administrativos para preencherem o cadastro e coletarem a amostra de sangue necessária para a inclusão do nome no Redome.
A diretora de Captação do Hemocentro, Terezinha Khan, explicou que a iniciativa partiu da unidade, que, por meio de ofício, aciona as instituições para que a ação seja levada para lá. Em seguida, a instituição retorna informando a data em que a ação pode ser realizada. Além disso, os profissionais da instituição têm sempre realizado abordagens àqueles que procuram o Hemocentro para doar sangue, para que já se cadastrem no Redome. Outras instituições que queiram firmar parceria para ação semelhante podem procurar o Hemocentro.
O Redome é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) para registrar as informações de possíveis doadores de medula óssea. Para tentar garantir que o cadastro adquira uma maior representatividade da diversidade genética do país, o governo federal criou cotas para o cadastro de novos doadores em cada estado, de modo que sejam atraídos doadores nos nichos que precisam de mais representação.
Ela explicou que até o ano passado, o Estado podia cadastrar até 370 doadores anuais, limite que foi ampliado para 1.605 neste ano. No entanto, até este mês, somente 687 pessoas foram cadastradas, faltando atingir outras 918. "Quanto mais pessoas doadoras, mais chances de conseguir pessoas compatíveis em todo o país, por isso são tão importantes essas parcerias, para que nós possamos cadastrar o maior número de pessoas possível", explicou.
A diretora lembrou que o cadastro não implica, necessariamente, em efetuar a doação da medula óssea. Caso haja uma compatibilidade, a pessoa será consultada e poderá tomar essa decisão. Os esclarecimentos são feitos e todos os custos até o centro especializado neste tipo de coleta, são de responsabilidade do Redome.CADASTRO
Para fazer parte deste cadastro, é preciso ter entre 18 e 55 anos, não possuir diagnóstico de doenças infectocontagiosas e fazer uma coleta de 5 ml de sangue, que será analisada em Goiânia (GO). O exame de histocompatibilidade (HLA) vai encontrar as características genéticas do sangue, o que torna possível identificar receptores.
A retirada de sangue é simples, fácil e não dói. Quanto mais pessoas doadoras, mais chances de conseguir pessoas compatíveis. Como no Brasil o grau de miscigenação da população é muito grande, as chances de encontrar uma medula compatível no registro brasileiro são, em média, 1 para 100 mil. Para aparentado pode chegar de 25 a 35%.