- 01 de novembro de 2024
Produtos orgânicos em feiras
A macaxeira será um dos produtos comercializado no dia 15, na feirinha do Carlinho, na rua Pedro Rodrigues, no bairro Mecejana, a partir das 8h.
Com o objetivo da população adquirir produtos mais saudáveis e sem agrotóxicos, a acadêmica de Secretariado Executivo Trilíngue da UFRR, Kátia de Jesus Silva, montou o projeto da Feira de Produtos Orgânicos, por meio do Projeto Bolsa de Inovação Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas de Roraima (BITERR 2014). A inauguração da feira vai ocorrer na próxima quarta-feira, dia 15, na feirinha do Carlinhos, na rua Pedro Rodrigues, no bairro Mecejana, a partir das 8h.
A ideia empreendedora no ramo de alimentação conta com vários parceiros, entre eles a Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA). Com a instalação da primeira comercialização de produtos orgânicos, no dia 15, a ideia é que a feira funcione todas às quartas-feiras.
Por não haver no bairro locais que ofertassem produtos orgânicos aos moradores, também por questão de saúde, além de ser mãe e preocupada em consumir comidas saudáveis com sua família, a acadêmica viu na feirinha do bairro a possibilidade da qualidade de vida pessoal e das demais pessoas. “Consequentemente vi a possibilidade de engrenar os negócios do comerciante com a oferta de produtos de agronegócios, pois nas proximidades do bairro não havia nenhum lugar que vendia produtos orgânicos”, mencionou.
Kátia conta que esperou sair o edital do Projeto BITERR 2014 - projeto que estimula o desenvolvimento de ideias inovadoras - para dá seguimento ao empreendedorismo e, finalmente sair do papel. “O projeto está em andamento desde julho. O processo foi longo. Primeiro, foi convencer o dono do comércio. Até que ele ficou convencido que a feira poderia atrair novos clientes. Paralelo a isso, dois meses para sete produtores da Associação Hortivida aceitar o convite e comercializar seus produtos na feirinha”, destacou.
Outro diferencial, segundo a estudante, é oportunizar uma feira durante a semana, algo incomum nos bairros da cidade essa oferta. “Penso que além do investimento nos negócios, as feiras irão agregar valor ao ambiente comercial”, frisou.
Alguns produtos que serão comercializados serão macaxeira, frango criado livre e sem nenhum agrotóxico, brotos diversos, ovos, rúcula, cheiro verde, abóbora, mamão, banana, doces. Kátia lembrou que além do orgânico, a sustentabilidade terá vez na Feira, com a comercialização de obras em madeira de um artesão local.
A estudante contou que a faixa de divulgação já está instalada no local da feira e espera a visita dos moradores e bairros vizinhos no dia da inauguração.
O Departamento de Vigilância Ambiental do Estado apoia a ideia e estará no dia da inauguração, para incentivar as pessoas sobre os alimentos saudáveis, a importância para a saúde e os benefícios que o alimento sem nenhum agrotóxico trás na vida.
De acordo com o gerente de Políticas de Saúde do Trabalhador, Lázaro Alfaro Valdez, os produtos que estarão disponíveis na feira, além de serem alimentos orgânicos, sem agrotóxicos, existem outros benefícios que normalmente as pessoas desconhecem. “Além de ser isento de insumos artificiais, como os adubos químicos e os agrotóxicos, ele também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos geneticamente modificados”, contou.
Valdez recorda que a parceria surgiu durante uma ação sobre produto orgânico na feira da Amoca. Ele reforça ainda que é importante a parceria com as Universidades do Estado, pois podem ajudar em uma das metas do departamento, que é a de criar várias feiras orgânicas no Estado. “A próxima feira que o departamento está implementando será em Pacaraima”, anunciou.
BITTER
A proposta do projeto Bitter é a transferência de conhecimentos das Instituições de Ensino para as Micro Empresas com aplicação direta no setor produtivo. Ao todo são 32 bolsas com valor de R$ 500,00 cada e bolsa de R$ 100,00 para o professor-orientador repassadas durante seis meses. O Bitter é uma parceira entre IEL, Sebrae e Senai.