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Saúde/Crítica

RR vacina apenas 16% contra HPV


Segundo dados do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização (NEPNI), os municípios roraimenses aplicaram 2.505 doses da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), o que representa 16% do público-alvo da campanha no Estado. A segunda dose começou no dia 1º de setembro e, em todo o país, 18,4% do público-alvo, formado por 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos, foram imunizados.

Para a segunda etapa, Roraima recebeu aproximadamente mais de 18.800 doses do Ministério da Saúde (MS). O Estado apenas recebe as doses e as repassa aos municípios que operacionalizam a imunização, que ocorre em escolas públicas e particulares e também em unidades de saúde. As doses ficam disponíveis nos postos de saúde durante o ano, para cumprimento do esquema vacinal.
Na primeira etapa da campanha de vacinação, realizada nos meses de março e abril, foram disponibilizadas 16.980 doses para Roraima, e a meta era vacinar 80%, do total de 16.169 meninas roraimenses. À época, os municípios de Uiramutã, e Mucajaí alcançaram a meta no período estratégico estabelecido pelo MS, com percentual de 83,24% e 92,01%, respectivamente. " Assim como na primeira etapa, a meta é novamente alcançar 80% de cobertura", disse o gerente do NEPNI, Rodrigo Zagury.
A vacina contra HPV faz parte do calendário nacional e não adianta as meninas tomarem a primeira dose se não prosseguirem com o cronograma de imunização. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção: a segunda, seis meses depois da primeira e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose. Neste ano, são vacinadas as adolescentes do primeiro grupo, de 11 a 13 anos. Em 2015, o Ministério da Saúde vai ofertar a vacina para as adolescentes de nove a 11 anos e, em 2016, as meninas de nove anos.
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas anogenitais.
SEGURANÇA
As pessoas que se vacinam contra o HPV, assim como após o uso de qualquer produto farmacêutico, estão sujeitas a efeitos adversos, que são esperados, e, em sua maioria, leves. Em nota informativa expedida pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), o Ministério da Saúde garantiu que todas as vacinas utilizadas no programa são seguras e passam por um rigoroso controle de qualidade, feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
PREVENÇÃO
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18.

 

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