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Parceria/Saúde

Defesa Civil Disponibilizados 50 profissionais no combate à dengue e chikungunya.


Mutirão de limpeza em BV

A Secretaria de Estado da Saúde conseguiu mais um parceiro no combate à dengue e chikungunya. O Corpo de Bombeiros, por meio da Defesa Civil Estadual, se comprometeu a disponibilizar 50 profissionais para atuarem em uma ação que vem sendo articulada pela Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) para promover a retirada mecânica de possíveis criadouros do mosquito transmissor nas casas de Boa Vista.

São 146 mil imóveis existentes na capital que devem ser vistoriados em 22 dias úteis, com a meta de vistoriar 6.636 imóveis por dia. O principal desafio tem sido angariar recursos humanos para a ação, uma vez que são necessários pelo menos 237 pessoas para realizar o trabalho. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) dispunha, inicialmente, de 88 agentes de endemias para a estratégia, mas após alguns remanejamentos, o Município conseguiu aumentar para 117 o número de profissionais.

Diante da necessidade de mais pessoal, a Sesau começou a buscar parceiros, momento em que o Corpo de Bombeiros foi procurado e posteriormente confirmou a possibilidade de disponibilizar 50 profissionais. Além disso, a instituição irá abrigar a Sala de Situação para Enfrentamento a Chikungunya, que servirá como uma espécie de polo central para as ações estratégicas. A Sesau trabalha ainda na articulação de parceria com as Forças Armadas e Polícia Militar.

A ação, prevista para acontecer ainda no início de outubro, é considerada a mais eficaz para conter o avanço das duas doenças e minimizar os impactos de uma possível epidemia. A situação é preocupante, pois, de acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), 44 bairros de Boa Vista apresentam alto risco de infestação pelo mosquito Aedes. Há bairros que chegam a ultrapassar o índice de infestação de 20%, quando o ideal é menos de 1%. Além do Aedes aegypti, a preocupação também é com o Aedes albopictus, quem também transmite a febre chik.

Por conta disso, os bairros serão aglutinados em cinco setores, começando pelo bairro Cidade Satélite, onde mora a maioria dos pacientes diagnosticados com chikungunya, e prossegue pelos bairros adjacentes. Além da retirada de lixo doméstico, a intenção é também realizar um trabalho de sensibilização junto à população.

O gerente estadual do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela, Joel Lima, explicou que a preocupação não se resume ao chikungunya, pois a dengue também é preocupante, e uma epidemia das doenças, associadas ou não, pode superlotar as unidades de saúde e prejudicar a toda a população. “O planejamento integrado é o primeiro passo para evitarmos a instalação de uma epidemia, o que pode sobrecarregar a assistência, comprometendo o desenvolvimento produtivo do Estado”, pontuou ao lembrar que quando for concluída a ação na capital, os municípios do interior devem ser atendidos.

SITUAÇÃO

Roraima já tem seis casos confirmados da febre chikungunya, sendo quatro deles importados da Venezuela e dois da Guiana. Os quatro primeiros casos foram registrados em pessoas que residem no bairro Cidade Satélite, já os dois últimos, foram diagnosticados em moradores do Centenário, na zona Oeste de Boa Vista.

Até o dia 27 de setembro, o Ministério da Saúde havia confirmado, por meio de exames laboratoriais, 79 casos de Febre Chikungunya no Brasil. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os outros 41 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, oito foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA).

 

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