- 01 de novembro de 2024
Combate à febre aftosa
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa foi aberta oficialmente na manhã deste domingo (28), na fazenda Vale da Serra na vicinal 14, município de Mucajaí. O período de vacinação será de 01 a 31 de outubro.
Na primeira etapa a vacinação atingiu 96% do rebanho do Estado que hoje é de 750 mil cabeças. Para esta nova etapa o governo do Estado pretende vacinar 100% do rebanho. A campanha também vai atingir os rebanhos das comunidades indígenas de Roraima. Por serem áreas de difícil acesso, nessas comunidades a campanha se estenderá até o dia 15 de novembro.
Os produtores terão todo o mês de outubro para vacinar o rebanho e fazer a notificação em um dos 28 escritórios da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), espalhados pelo estado.
Esta será a primeira campanha após o estado ter sido elevado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ao status de médio risco com vacinação.
O pecuarista Disney Mesquita, presidente da Coopercarne ressaltou a importância da união conjunta e do empenho de todos os pecuaristas para que junto com o governo possa livrar o Estado definitivamente da febre aftosa.
“Esta vitória será alcançada comum esforço conjunto de todos os produtores rurais, seja pequeno, médio ou grande. Precisamos ter a consciência que vacinar cada animal é um dever do pecuarista. Com este ato vamos livrar o estado da doença. Todos ganham”, argumentou.
Paralelo a vacinação os técnicos da ADERR deram inicio ao processo de sorologia animal, que é um estudo minucioso de avaliação da ausência de circulação viral no rebanho do Estado para a febre aftosa. Estão previstas as coletas de 5.900 amostras de soro de bovinos em centenas de propriedades dos quinze municípios de Roraima.
Este estudo faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) do Mapa.
“Quando finalizado o estudo poderá apontar o resultado que tanto queremos alcançar que é o status de Estado livre da aftosa com vacinação. Temos absoluta convicção que com o esforço de todos os setores envolvidos neste processo vamos buscar este objetivo em um breve espaço de tempo”, garantiu Rosirayna Rodrigues Remor, Presidente da ADERR.
O último caso de febre aftosa notificado no estado ocorreu no município de Caroebe, em 2001. Há oito anos, o Brasil se mantém sem ocorrência da doença e avançou significativamente com suas zonas livres, que alcançam 77% do território nacional, com 99% dos bovinos.
De acordo com a Instrução Normativa de nº 44, de 2 de outubro de 2007, para um estado ou parte dele ser reconhecido como zona livre de febre aftosa ou como zona tampão, deverá apresentar, no mínimo, classificação BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante a que venha a ser adotada pelo Ministério da Agricultura.
O senador Romero Jucá (PMDB), que participou do evento, destacou o esforço concentrado que todos os setores governamentais e privados tem feito no sentido de avançar para tornar o Estado livre da febre aftosa. Ele lembrou a condição de Roraima que está localizado vizinho a grandes mercados consumidores que poderão no futuro comprar a carne roraimense e gerar riqueza para o estado.
“Estamos vizinhos da Venezuela, da Guiana e do Amazonas estes mercados consumidores estão abertos para comprar a carne produzida em Roraima. Com o esforço conjunto de todos vamos atingir este objetivo em pouco tempo. Roraima terá condições de ser um grande mercado exportador”, destacou Jucá.