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Doador de órgãos humanos

Campanha reforça que doação de órgãos seja vontade discutida com a família.


MS quer aumentar íncide

Neste sábado, 27, é o Dia Nacional do Doador de Órgãos, e com isso, a Secretaria Estadual de Saúde reforça a conscientização da sociedade sobre a importância da divulgação da vontade de ser um doador de órgão e tecidos. A Lei nº 10.211/ 01, que trata do assunto, estabelece restrições, uma delas, a de que a doação de órgãos e tecidos depende, única e exclusivamente, da autorização familiar.
Para massificar essa necessidade, Roraima vai participar da campanha nacional “Sua Família é a sua voz”, na qual o Ministério da Saúde produziu cartazes e folderes, para sensibilizar as famílias e os doadores de órgãos sobre à importância do diálogo a respeito da decisão.
De acordo com lei, a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau. Daí a enfermeira do Departamento de Ensino do HGR, Márcia Alencar, explica que essa autorização é firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte, conforme legislação.
“Sendo assim, após a confirmação do óbito, por morte encefálica, e a notícia deste, realizadas pelo médico da unidade onde se encontra o potencial doador, deve ser realizada a entrevista familiar com a finalidade de oferecer a oportunidade da doação dos órgãos e tecidos. É durante a entrevista que a família expressa sua decisão, levando em consideração a vontade que o falecido expressou em vida, por isso a importância de deixarmos nossos entes queridos cientes da decisão de sermos doadores”, esclareceu.
Em Roraima, o processo de realização de transplantes caminha para a fase de concretização. Após instituição por lei estadual, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) já passou pelas etapas de habilitação e credenciamento e atualmente aguarda a implantação do sistema de informação pelo MS. Com isso, o HGR será a primeira unidade credenciada, pelo Ministério da Saúde para realizar a captação de órgãos.
PREVENÇÃO
As doenças renais podem ser prevenidas. Para isso, são recomendados alguns cuidados como ingerir água com frequência, não prender a urina, visitar o médico pelo menos uma vez ao ano e praticar exercícios físicos, como a caminhada por exemplo. “Além disso, outros agravos como a pressão alta e o diabetes, são considerados fatores de risco para o surgimento de problemas renais, ou seja, anomalias que dificultam o trabalho do rim, e que podem ser prevenidas”, finalizou Márcia.
Em Roraima, os pacientes com problemas renais fazem a hemodiálise, que é o tratamento utilizando máquinas e aparelhos específicos que fazem o trabalho do rim que não funciona mais, ou seja, a máquina filtra todas as impurezas do sangue e peso acumulado no corpo já que o rim está paralisado. O tratamento é feito durante três horas e meia, três vezes por semana.

Mais de 250 pacientes fizeram transplantes em três anos

A implantação da CNCDO vai evitar que o paciente se desloque para Tratamento Fora de Domicílio (TFD) no sentido de conseguir fazer transplante. Em Roraima, de 2011 até setembro deste ano, 253 pacientes precisaram se deslocar para outros estados, por meio de TFD, para realizar transplante renal.
O servidor federal, Ismar Gonçalves Moreira, é um dos pacientes atendidos pelo SUS de Roraima. Licenciado do trabalho há quatro anos, ele diz que foi muito difícil o diagnóstico. Gonçalves é um dos pacientes que sonha com o transplante renal. “Você nem imagina como é ruim para uma pessoa ter que mudar a sua rotina drasticamente. Minha vida mudou desde que a doença foi diagnosticada, tive que me ausentar do trabalho, mudar completamente a alimentação, evitar o sal para controlar a pressão alta, evitar também o excesso de açúcar para evitar a diabetes, passei por internações mensais, foi difícil”, relatou.
Conforme explicou, agora ele tem conseguido se adaptar a essa nova rotina, e incluiu o nome na lista de espera para o transplante de rim em Fortaleza. “Sonho em encontrar um doador compatível, mas se um dia a Central de Transplante for implantada aqui vai ser bem melhor, porque não vou precisar viajar, ficarei perto da minha família, vai ser bem melhor”, declarou.
Para a servidora federal Severina Santos de Souza, os problemas renais iniciaram há cinco anos, após o diagnóstico de pressão alta. “Ainda não tomei uma decisão definitiva sobre o transplante de rim, porque, vejo a dificuldade de encontrar doador compatível, e até mesmo de ter que viajar para fora e ficar longe dos meus parentes. Na minha família, por exemplo, já tentamos, mas infelizmente não existe a compatibilidade. Por isso se uma Central de Transplantes for implantada aqui vai ser muito bom, é a esperança que tenho de ter um rim novo”, disse.

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