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Transplante de órgãos

Central Estadual terá tutoria de especialistas da USP para transplantes.


Projeto começa em 2015

A Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) inicialmente contará com a ajuda da tutoria dos especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). O projeto de tutoria em captação, doação e transplante de órgãos em Roraima está previsto para o primeiro semestre de 2015. A entidade paulista aguarda apenas o Ministério da Saúde (MS) creditar o valor para a realização do projeto, estimado em R$ 1,2 milhão.
A atividade de tutoria no âmbito do Sistema Nacional de Transplantes é por meio da Portaria GM/MS nº 2.172, de 27 de setembro de 2012. Com isso, auxiliará o Hospital Geral de Roraima na oferta de transplantes de rins e córneas, promovendo o aperfeiçoamento dos profissionais de saúde da unidade hospitalar. A tutoria pode durar até dois anos.
A enfermeira do Departamento de Ensino do HGR, Márcia Alencar, disse que serão tutores, profissionais experientes nas áreas de nefrologia, urologia, enfermagem, anestesia, entre outros. As aulas serão in loco para todos os profissionais do HGR. “É de suma importância essa vivência, porque é mais vantajoso trazer tutores até o HGR do que levar os profissionais para fora do Estado. O nível de aprendizagem é maior”, disse, ressaltando que os atendimentos no hospital não podem parar. 
Márcia complementou que a atividade inclui, cursos teóricos e treinamentos práticos aos profissionais de Roraima. A equipe paulistana orientará e acompanhará na aplicação dos conhecimentos adquiridos nos cursos teóricos e treinamentos práticos. “O trabalho consistirá em acompanhar a evolução como um todo, especialmente na realização das cirurgias de transplante durante o período da tutoria”, completou.
Todos os profissionais que compõem o HGR devem passar pela atualização, mas figuras como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnico de enfermagem e auxiliares de enfermagem são presenças garantidas, pois eles atuarão diretamente no processo de captação, transplante e doação. “A ideia é aprender desde como fazer o exame de compatibilidade até a realização do transplante”, argumentou. 
A enfermeira contou que o transplante de rins pode salvar até dois pacientes. As doações seguem uma lista regional e nacional, por enquanto. “Um rim pode ser conservado até 48 horas. Ou seja, um órgão pode sair de Roraima e salvar um paciente lá na região Sul do País”, comparou.
Para o secretário-adjunto, Douglas Teixeira, depois da tutoria, os profissionais estarão aptos a desenvolver, de forma autônoma, o processo de doação e transplantes de órgãos e tecidos, no âmbito de sua área de atuação. Um dos benefícios à população com a implantação do sistema de captação e transplante no estado é a diminuição local de pessoas que aguardam por cirurgias de córneas e rins. “A partir do momento que a pessoa for transplantada em Roraima e quanto mais órgãos à disposição, mais rápido anda a fila e menos tempo na lista de espera”, acrescentou Teixeira.
COMO SER DOADOR
A enfermeira esclarece que para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à família o desejo da doação. Essa só se concretiza após a autorização da família, por escrito. “Um único doador, em morte encefálica (coração batendo), tem a chance de salvar, ou melhorar a qualidade de vida de pelo menos mais de oito receptores que estão na fila de espera de órgãos sólidos, além dos tecidos como córneas, osso, válvulas e pele”, explicou.

 

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