00:00:00

BrasilxVenezuela

Sesau reúne com consulado e discute dengue e chikungunya.


Com alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, Roraima está em risco iminente de viver umaepidemia de febre chikungunya e dengue. Considerando que os casos registrados no Estado foram importados da Venezuela, a Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) apresentou ao consulado do país vizinho um plano de contingência a ser realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) na cidade fronteiriça de Santa Elena de Uairén, a 15 quilômetros de Roraima.

Como o único modo possível de evitar a transmissão da dengue é a eliminação do mosquito transmissor, o plano consiste, basicamente, em fazer aquilo que cada cidadão deveria fazer em seu quintal: a retirada do lixo doméstico a fim de controlar a infestação pelo vetor das doenças.

O gerente estadual do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela, Joel Lima, explicou que a intenção é realizar a ação o quanto antes, uma vez que o país vizinho tem apresentado dados preocupantes com o registro de mais de 300 casos da doença, sendo que apenas uma parcela destes são casos importados. "O consulado se mostrou sensível à causa e se colocou à disposição para intermediar a nossa ação no país vizinho", pontuou ao ressaltar que ambos os países ainda trabalham no planejamento dos últimos detalhes para iniciar a ação.

Após a decretação de estado de alerta para as duas doenças, a Sesau já realizou reunião semelhante com representantes da Venezuela e do município de Pacaraima. Depois disso, o município brasileiro realizou uma ação de limpeza, onde, além dos agentes de endemia e profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), a Secretaria Municipal de Administração também disponibilizou profissionais da limpeza urbana para atuarem em um mutirão de limpeza pela cidade.

Na ocasião, um dos compromissos firmados foi que cidade fronteiriça de Santa Elena de Uairén também realizaria ação semelhante.

Paralelamente, o Estado também tem um plano de contingência para realizar ação semelhante em Boa Vista, onde a expectativa é fazer a retirada de possíveis depósitos do mosquito transmissor. A intenção é, durante 22 dias úteis, realizar a ação em cada um dos 160 mil imóveis existentes na capital. No entanto, para isso, será necessário praticamente o triplo do contingente de agentes disponíveis no Município.Para  isso, o Estado estuda a possibilidade de firmar parceria com a Defesa Civil Estadual e Forças Armadas para realizar a força tarefa.

CASOS

 

Roraima já tem três casos confirmados da febre chikungunya, todos eles no bairro Cidade Satélite e todos importados da Venezuela para Roraima. Os primeiros casos confirmados foram no mês de agosto que viajaram ao país vizinho, onde visitaram locais endêmicos para a doença.

Para garantir a identificação imediata e proporcionar o tratamento precoce da febre Chikungunya, a CGVS já treinou aproximadamente 200 profissionais de saúde sobre o manejo clínico da doença. Depois deste treinamento é que foi notificado o terceiro caso da doença, de uma criança de dois anos. Outros dez casos suspeitos aguardam resultado do Instituto Evandro Chagas (IEC), do Pará, que é o laboratório referência na região Norte.

 

Últimas Postagens

  • 01 de novembro de 2024
AGONIA DE LORD