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Tabagismo

Ações de conscientização marcam o Dia Nacional de Combate ao Fumo.


Escolas, o alvo das ações

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, que acontece nesta sexta-feira (29), será marcado por ações de prevenção, promovidas pelo Departamento de Políticas de Atenção Oncológicas e Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Este ano, os estudantes serão o público alvo da campanha, que será realizada pela manhã em escolas de cinco bairros da capital.
As ações passarão por unidades dos bairros São Francisco, Aparecida, 31 de Março, Mecejana e Pricumã. Durante a ação, os profissionais farão a distribuição de material informativo e realizarão abordagens aos alunos, na tentativa de sensibilizá-los para os riscos que o tabagismo geram à saúde.
A educação tem papel importante na prevenção, pois o ideal é não começar a fumar. A promoção da saúde deve começar ainda na infância e adolescência, o que é essencial para reduzir o número de fumantes. “Quando se abordam adultos fumantes, eles querem logo a intervenção medicamentosa, por isso, o ideal é que as ações de combate foquem naqueles que ainda não começaram a fumar”, pontuou a diretora do Departamento de Políticas de Atenção Oncológicas, Roberta Perez.
Quem deseja se curar do vício causado pelo cigarro pode ter tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). O Estado fornece a medicação aos municípios e disponibiliza atendimento especializado por meio da Unidade Integrada de Saúde Mental (Uisam).
O primeiro passo do tratamento consiste em uma avaliação clínica para determinar o grau de dependência do paciente. Neste momento, o fumante fornecerá informações sobre o seu vício. Caso o profissional julgue necessário, haverá o fornecimento de medicamentos que suprem a falta de nicotina. Em casos mais graves, antidepressivos também são receitados. O tratamento é realizado individualmente ou em grupo. “Os usuários realizam consultas com um pneumologista e participam de reuniões semanais durante um mês. Após 15 dias é que se verifica o grau de dependência para avaliar a necessidade de introduzir a medicação”, explicou Roberta.
Fumante há 40 anos, a servidora pública Geralda Lima, 61, é uma das usuárias do serviço. Ela está em fase de avaliações e pontuou que mesmo sem a intervenção medicamentosa, somente por meio das avaliações, tem sentido menos vontade de fumar. “O tabagismo está muito ligado ao psicológico. O primeiro passo para largar o vício é querer, mas a maioria das pessoas precisa de um apoio, pois não é fácil parar”, lembrou.
REDUÇÃO
Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada anualmente nas capitais do país, mostrou que o percentual de fumantes adultos que viviam em Boa Vista em 2011 era de 13%. O dado representa uma redução em relação à pesquisa realizada anteriormente, quando havia o registro de 19% de tabagismo entre os boa-vistenses em 2010.
Dizer que o cigarro pode provocar muitos males não é exagero. Entre algumas destas doenças estão: hipertensão arterial, infarto do miocárdio, aterosclerose, bronquite crônica, angina pectoris, tromboangeíte obliterada, enfisema pulmonar, cânceres de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, rim, faringe, colo de útero, mama, reto, intestino e próstata. Diabetes, otite, amigdalite, osteoporose, acidente vascular cerebral, aneurisma da aorta, estomatite, aborto, linfoma, catarata, periodontite, tuberculose, deslocamento precoce da placenta e sinusite, entre algumas outras.
Sabe-se, hoje, que o cigarro contém mais de 4.500 substâncias tóxicas como alcatrão, polônio 210 e urânio (sendo que os dois últimos são radioativos), dentre as quais 43 comprovadamente cancerígenas. São muitos os males que o cigarro causa no organismo do usuário, e, as pessoas que convivem com fumantes (fumantes passivos) também podem desenvolver doenças relacionadas ao fumo.

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