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Desaparecimento

Núcleo de Pessoas Desaparecidas completa cinco meses e investiga mais de 200 ocorrências.


Mais de 200 desaparecidos

Criado no dia 26 de março, por meio da Lei 223/2014, o Núcleo de Investigação de Pessoas Desaparecidas (NIPD), subordinado ao Departamento de Homicídio e de Proteção a Pessoa (DHPP), investiga 226 ocorrências registradas de desaparecimento de pessoas, sendo a maioria, 90%, relacionada à fuga de adolescentes. Pelo menos 144 pessoas nessa situação foram localizadas.

De acordo com a delegada titular do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, Elivânia Aguiar, a partir do momento da implantação da especializada, a Polícia Civil está dando uma atenção maior a estes casos. Ela explica que os registros eram feitos e investigados anteriormente nos distritos policiais, mas que agora os trabalhos de investigação se concentram em um único local.

“A pessoa pode fazer o registro em qualquer distrito, mas as investigações se concentram no Núcleo. Entretanto, percebemos que a maioria das ocorrências registradas está relacionada a conflitos intrafamiliar, envolvendo adolescentes que terminam fugindo de casa”, disse.

De janeiro a início do agosto foram registrados 226 boletins de ocorrências, desses 138 eram fugas de adolescentes. Dos boletins investigados, 144 pessoas foram localizadas e entregues aos familiares.

“Percebemos que dos casos de fugas, que são mais de 90% dos registros, essas pessoas são dadas por desaparecidas. Os motivos das fugas são variados. No caso das meninas, existem os conflitos familiares por causa da influência de amigos da mesma idade, pois elas querem ir para as festas, namorar e ter o que chamam de “liberdade”. No caso dos meninos, percebemos que quando ocorrem às fugas, na maioria dos casos eles estão envolvidos com drogas”, disse a delegada.

Sobre o número de pessoas desaparecidas, Elivânia Aguiar destaca que os dados não revelam aumento nos registros, mas sim uma maior credibilidade das pessoas em denunciar, em procurar ajuda, pois perceberam que o Estado vem dando uma atenção específica a esses casos.

“É imprescindível orientar aos cidadãos que ao procurarem a delegacia para registrar desaparecimento de pessoas, é importante que tragam uma fotografia do desaparecido, pois vai facilitar em sua localização. Além do mais, ao localizar o ente querido, é importante que a Polícia seja comunicada pelo familiar que registrou a ocorrência, pois somente damos o caso como encerrado quando confirmamos sua localização”, disse ela.

A delegada fez um alerta às pessoas que estejam induzindo os jovens a fugirem de casa ou se recusando a entrega-los aos familiares.

“Essa pessoa está cometendo crime previsto no artigo 248 do Estatuto da Criança e Adolescente e pode ter complicações”, afirmou.

Para facilitar a divulgação de fotografias de pessoas desaparecidas em Roraima, o NIPD criou um grupo no Facebook e pode ser acessado para divulgar os trabalhos, de forma que as pessoas possam contribuir com informações. Segundo ela, que tiver informações de pessoas desaparecidas pode fazer contato pelo Disque Denúncia 181 ou pelo telefone 8803-1397.

CASOS RECENTES – Segundo a delegada Elivânia Aguiar, a equipe do NIPD está envidando esforços para localizar a aposentada Elizabete Puga Brito, 70, que foi vista pela última vez em frente a sua residência no bairro Jardim Equatorial, no último dia 22.

O adolescente Pablo Henrique Alfaia Machado, 15, também está sendo procurado. Ele foi visto a última vez no bairro 13 de setembro, no último dia 21.

O garimpeiro Deley Carlos Moraes Mendes, 23, também está sendo procurado. Ele foi visto pela última vez no município de Mucajaí, no dia 13 de maio deste ano.

 

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