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Doença

Estado identifica primeiro caso suspeito da doença Chikungunya.


Chikungunya, o primeiro caso
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) identifica caso suspeito para febre Chikungunya (Chik) em Roraima. Uma morada do bairro Cidade Satélite, de 23 anos, pode ser a primeira pessoa do Estado a apresentar sinais e sintomas compatíveis com a doença viral, semelhante à dengue, com um agravante epidemiológico de ter vindo de área endêmica.
A notificação do caso suspeito ocorreu na sexta-feira, 22, durante consulta no Pronto Atendimento Airton Rocha (PAAR), quando o médico de plantão Nelson Calandrini identificou e cumprindo o protocolo do alerta preventivo, notificou imediatamente o Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVF) e a Unidade de Vigilância Epidemiológica hospitalar para que fossem adotadas as medidas de bloqueio.
O caso suspeito é importado para Roraima da Venezuela, pois a brasileira esteve no país, que hoje está considerado endêmico para as doenças, além de ter passado por lugares com o registro de casos autóctones da febre Chik. “Ela retornou para o Brasil já sentindo os sinais e sintomas, e logo procurou assistência médica. Procedimento normal e correto que todo viajante que apresentar febre e dois ou mais sintomas, após retornar da Venezuela deve seguir”, disse o diretor em exercício do DVE, Joel Lima.
O diretor informa à população que não há necessidade de alarde. A situação está sob controle e as medidas preventivas de controle vetorial já foram adotadas. “O caso, foi notificado e comunicado ao Ministério da Saúde. Amostras de sangue foram coletadas para realização de identificação do vírus e enviadas ao Instituto Evandro Chagas na cidade de Belém, que é a referência da região Norte. Em Roraima será possível identificar, se for dengue, o sorotipo viral”, explicou.
As ações de bloqueio e controle vetorial estão ocorrendo desde o dia 22 após a comunicação do caso suspeito. A Gerência do Programa de Controle da Dengue e Febre Amarela já iniciou a nebulização espacial no bairro onde reside a moradora cumprindo o que é descrito no protocolo.
Após reunião técnica entre a Coordenação Estadual de Vigilância em Saúde e a Superintendência Municipal de Vigilância em Saúde de Boa Vista, ocorrida ontem (22), ficou definido que na segunda feira, 25, serão iniciados os trabalhos de eliminação e tratamento de criadouros em todo o bairro para redução do Aedes aegypti que é considerado o vetor para transmissão da doença.
Lima destacou que neste momento a participação e envolvimento da sociedade são extremamente importantes para que consigamos reduzir os índices de infestação por Aedes. “A eliminação de criadouros é fundamental: o acondicionamento adequado do lixo doméstico, a limpeza dos quintais, o armazenamento de pneus, garrafas em locais protegidos da chuva, são medidas que contribuem para redução de risco de epidemia, tanto de dengue como de Chikungunya”, orientou.
CASO
Com relação ao estado de saúde da paciente, fora os sinais e sintomas apresentados (febre, artralgia, mialgia), a mesma passa bem, sem sinais de agravamento. Ela foi medicada no hospital e está em casa em repouso. Tanto a paciente quanto os familiares estão sendo monitorados e acompanhados de perto pelas equipes de vigilância epidemiológica.
O técnico do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), Rodrigo Brasil, mencionou que o exemplo prudente da paciente deve ser seguido. “A população que vai para outro país ou lugar endêmico das duas doenças, caso sinta dor de cabeça, febre, náusea, dor articular, entre outros sintomas. O paciente não deve ficar em casa, mas procurar imediatamente a equipe médica mais próxima, para que sejam tomadas as medidas corretas”, orientou, lembrando que a pessoa não deve se automedicar e informar ao médico que esteve em outro país.
Seguindo orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), Brasil explica que as pessoas não precisam deixar de viajar, mas apenas tomar algumas medidas preventivas, como passar repelente, usar calça comprida, mosquiteiro. Enfim, se proteja o máximo possível durante a viagem. “As pessoas precisam ficar tranquilas e neste momento, manter os quintais limpos, pegar qualquer depósito que acumule água, derramá-lo, além de guardar ao abrigo da chuva e colocar somente na frente de casa no dia da coleta do caminhão do lixo”, reforçou.

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