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Vírus da Dengue/RR

Após seis anos, tipo 3 é registrado


Existem quatro variações do vírus que causa a dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) e na última epidemia registrada em Roraima, no ano de 2010, houve a reintrodução do tipo 4, e desde então, circulavam três tipos do vírus. Isso porque, 2008 foi o último ano de registro do DENV3. Um fato que chama a atenção é que recentemente foi identificado o tipo 3 em uma paciente oriunda da Venezuela, que foi internada no Hospital Geral de Roraima (HGR).

A situação chama a atenção não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os outros tipos, mas pela entrada em ação de mais uma variação do micro-organismo. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4, portanto, uma pessoa só pode ter dengue até quatro vezes.

Dessa forma, quanto mais vírus estiverem em circulação, maior a probabilidade de haver uma infecção. “Desde 2009 [quando o tipo 3 havia deixado de circular] nasceram mais de 53 mil crianças, que nunca tiveram contato com o tipo da doença, se tornando um público mais suscetível à dengue”, explicou o diretor interino do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica (DVE), Joel Lima.

A forma grave da doença também pode ocorrer em quem tem a doença pela primeira vez, no entanto, cada vez que uma pessoa tem dengue, aumenta o risco de ter a forma hemorrágica, o quadro mais grave da doença. Isso acontece porque, quando o organismo já tem anticorpos de um tipo, facilita a entrada de outro vírus na célula sanguínea.

Nos últimos dois anos foram registrados apenas três casos de dengue com complicação (um em 2012 e dois casos em 2013). Apesar do nome "dengue hemorrágica", o principal perigo da doença não são os sangramentos, mas sim a pressão arterial muito baixa.

Uma das hipóteses para não estar havendo alta transmissão da dengue, apesar da alta incidência de focos do mosquito Aedes aegypti no Estado, é o chamado "esgotamento de suscetíveis", uma barreira imunitária devido à grande quantidade de pessoas infectadas. É justamente este o grande risco de uma epidemia do novo vírus, o chikungunya. Com a falta desta barreira imunitária para a doença, toda a população local está suscetível.

AÇÕES DE CONTROLE

Por mais ações que o poder público possa executar, a maneira mais eficaz é que a população procure acabar com os criadouros dos mosquitos. “Se a população tirar cinco minutos do seu dia para fazer uma breve análise do seu quintal, já está fazendo sua parte”, pontuou Lima.

O Aedes aegypti é um mosquito doméstico, que vive dentro ou nas proximidades das habitações. O único modo possível de evitar ou reduzir a duração de uma epidemia e impedir a introdução de um novo tipo do vírus do dengue é a eliminação dos transmissores. 

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