- 05 de novembro de 2024
Novos casos da doença em RR
Dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE), da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS), mostram que no primeiro semestre deste ano houve aumento no número de casos novos de Tuberculose na capital, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 39 novos casos em Boa Vista em 2013, enquanto nos primeiros seis meses deste ano aumentou para 43 notificações.
Os dados refletem também os índices de transmissão da doença. Em 2013, depois de Boa Vista, os municípios com maior número de casos foram Amajari, Rorainópolis, Alto Alegre e Mucajaí. Já no primeiro semestre de 2014, depois de Boa Vista, o maior índice foi em Rorainópolis, Pacaraima, Cantá e Caracaraí. Comparando o total de casos no semestre dos dois anos, houve uma queda do ano passado (81) para este (64).
Segundo a técnica do Núcleo de Controle da Tuberculose (NCT), Angela Felix, essa concentração de casos na capital é atribuída ao fato de concentrar o maior número de habitantes do estado. “Dados do IBGE mostram que boa parte da população se concentra em Boa Vista, peculiaridade que influencia nos registros de endemias”, esclareceu.
Conforme Angela, Amajari e Alto Alegre apresentam um grande número de casos da doença, por conta da população indígena residente, em virtude destas regiões encontrarem-se localizadas em área indígenas. “O que contribui para o surgimento da doença, por conta da vulnerabilidade dos povos indígenas, que apresentam maior facilidade de desenvolver a doença”, complementou.
A gerente explicou que nestas localidades é feito um trabalho diferenciado pela Sesai, através dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas - do Leste e o Yanomami -, em que a Sesau apoia com capacitações, material educativo e medicamentos. Em 2013, por exemplo, foram realizadas capacitações para médicos e enfermeiros, nas áreas de Manejo Clínico da Tuberculose e Avaliação dos Indicadores da Tuberculose. Já em 2014, foram capacitações para servidores indígenas dos DSEIs do Leste e o Yanomami, que resultaram na formação de multiplicadores.
Boa parte dos casos é diagnosticada na rede hospitalar, e a partir da identificação dos casos confirmados, através do exame de baciloscopia e outros exames complementares, é iniciado o tratamento do paciente para assegurar o controle e reduzir a transmissão da doença, até que esse paciente possa receber alta e ser encaminhado aos postos de saúde e ou áreas indígenas, para dar continuidade do tratamento da Rede de Atenção Básica. “No Estado também são notificados e tratados casos de Tuberculose de outros países, como Venezuela e Guiana e outros Estados”, informou.
A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que se apresenta principalmente nas formas pulmonar com baciloscopia positiva (mais favorável de transmissão) e extrapulmonar (que pode afetar qualquer órgão do corpo),entre outras.
REFERÊNCIA
Os casos confirmados para Tuberculose multirresistente são encaminhados para tratamento e acompanhamento no ambulatório de referência da Tuberculose no Hospital Coronel Mota (HCM). Na unidade é feito um trabalho diferenciado para Tuberculose de casos Mono, Poli, e multirresistentes, Micobactérias não Tuberculose, avaliação de contatos e os casos de maior complexidade com outras doenças associadas. Para ter acesso ao serviço o paciente precisa ter passado pela Rede de Atenção Básica e ter sido referenciado para atendimento no ambulatório de referência.
Os casos confirmados para Tuberculose multirresistente são encaminhados para tratamento e acompanhamento no ambulatório de referência da Tuberculose no Hospital Coronel Mota (HCM). Na unidade é feito um trabalho diferenciado para Tuberculose de casos Mono, Poli, e multirresistentes, Micobactérias não Tuberculose, avaliação de contatos e os casos de maior complexidade com outras doenças associadas. Para ter acesso ao serviço o paciente precisa ter passado pela Rede de Atenção Básica e ter sido referenciado para atendimento no ambulatório de referência.