Ronda no Bairro

A equipe do Programa Ronda no Bairro do Jardim Equatorial vem fazendo um trabalho diário de ação comunitária na escola estadual Conceição da Costa e Silva, com o objetivo de identificar as principais dificuldades enfrentadas na área de segurança pública e conhecer de perto a realidade dos estudantes. Uma reunião com gestores foi realizada e o foco do trabalho é desarticular a atuação de integrantes de gangues denominadas de "galeras" que atuam nas proximidades.

A ação vem sendo coordenada pelo tenente Coronel PM Maia, que se reuniu com os gestores e professores da escola e destacou a importância dessa proximidade entre polícia e comunidade escolar.  A informação repassada pelos gestores é de que a escola vinha enfrentando dificuldades na área de segurança pública. Principalmente por conta da atuação de grupos de delinquentes, sendo que alguns dos integrantes são alunos da escola.

A primeira reunião com os gestores, segundo o tenente coronel Maia, teve o objetivo de apresentar o programa Ronda no Bairro à comunidade escolar e identificar os problemas que a escola vinha enfrentando.

O orientador da unidade de ensino, Aladi Eduardo Borba, afirmou que desde que as viaturas iniciaram as patrulhas nas proximidades da escola, ele pôde sentir a diferença.

“Pudemos notar a surpresa dos alunos em ter um maior policiamento na área e aqueles que tinham a intenção de praticar atos infracionais se intimidaram”, disse o orientador.

Borba disse ter sido ameaçado diversas vezes por alunos que não querem acatar as orientações disciplinares  da escola. Inclusive, durante uma visita comunitária na quarta-feira 23, um dos alunos foi encaminhado a Delegacia de Defesa da Infância e Juventude (DDIJ) por desacato aos policiais e ameaça aos gestores da escola.

Esse adolescente já foi encaminhado por várias vezes à delegacia por ameaçar professores e gestores. O Tenente PM Weslley, que acompanhou a visita, disse que atitudes violentas por parte de alunos não é aceitável e um dos objetivos da proximidade entre a comunidade escolar e a Polícia é reduzir este tipo de ação.

Uma das reclamações dos professores é sobre o uso de arma branca por parte de alunos na escola, apontado por eles como "comum", o que causava insegurança tanto para outros estudantes quanto para os gestores da escola. Com o policiamento, segundo o tenente coronel Maia, está sendo possível inibir a entrada de armas na escola.

Outro grande problema enfrentado pela comunidade escolar é o uso de entorpecentes entre os adolescentes. Segundo uma professora, por diversas vezes ela recebeu alunos sob efeito de entorpecentes e enfrentaram dificuldades para prosseguir com a programação da aula, o que prejudica também os outros estudantes da classe.

Em conversa com os gestores da escola, o Tenente Coronel Maia, explicou sobre a importância da parceria com a Polícia, com foco nas ações comunitárias e de prevenção e que será rotina a presença da Polícia na escola.

"Com o nosso trabalho de prevenção queremos tornar rotineiro o trabalho nas escolas, com visitas aos gestores e, se for o caso, às famílias desses alunos que têm apresentado um desvio de comportamento. Trata-se de um trabalho de ação comunitária, de proximidade com a comunidade escolar", disse.

Os gestores da escola se mostraram satisfeitos com o trabalho do Ronda no Bairro e agradeceram a iniciativa.

“Desde que os policiais iniciaram as visitas, ouvimos muitos questionamentos dos alunos e sempre estamos explicando que o objetivo da visita é gerar proximidade entre comunidade escolar e a Polícia, o que aumenta a nossa segurança”, disse Aladi Borba.