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Ostomizados

Pacientes no Grupo de Apoio


Seguindo o cronograma de ações do Grupo de Apoio à Pessoa Ostomizada, o Hospital Coronel Mota (HCM) realiza nessa sexta-feira mais um encontro mensal dos pacientes ostomizados atendidos pelo Grupo de Apoio, disponibilizado pela unidade. A reunião será realizada nessa sexta-feira (25), a partir das 14h30, no Hospital, no Centro da cidade.

O Grupo é composto por uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas e médicos-cirurgiões, que atendem a pessoa ostomizada, aquela que precisou passar por uma intervenção cirúrgica para fazer, na parede abdominal, um caminho alternativo do sistema digestivo ou urinário para saída de fezes ou urina (essa abertura chama-se estoma).

No encontro, os pacientes participam de palestras sobre Educação em Saúde com a equipe de enfermeiros, podem também tirar dúvidas sobre o tratamento com os profissionais de clínica médica e nutricionista, que fazem parte do serviço de assistência, aprendem a como colocar, retirar e fazer a manutenção das bolsas coletoras, e sobre a prevenção de lesões e higienização das bolsas coletoras.

Conforme a diretora do Hospital Coronel Mota, Erineuda Teixeira, familiares e acompanhantes também participam. “É fundamental que o acompanhante ou familiar também participe da reunião, pois eles fazem parte do processo de reabilitação e adaptação do paciente a essa nova realidade”, esclareceu.

É feita também a dispensação de material, com a entrega de bolsas de colostomia e insumos, como a pasta protetora, utilizada para prevenir lesões que podem surgir durante o período de adesão da bolsa à pele. “A cada reunião as pessoas são esclarecidas sobre os cuidados que devem ser seguidos, em relação a troca e manutenção das bolsas, por conta do tempo de vida útil que varia de acordo com cada caso. Além disso é atendida a  demanda espontânea, onde o paciente pode buscar a unidade,  pela manhã e a tarde, para ter acesso aos insumos”, salientou.

O Grupo de Apoio busca a complementação do tratamento com serviços clínicos, psicológicos e sociais, por meio da inclusão e encaminhamento dos assistidos aos serviços especializados de saúde, além da enfermagem, por exemplo. “É proposta do grupo unificar o atendimento aos pacientes verificando se ele necessita de um visita ao clinico, psicólogo ou de outras especialidades, pois como são pessoas que se deslocam também do interior é preciso oferecer o serviço da forma mais completa e diferenciada possível, garantindo a ele acesso de forma integral e não parcial aos serviços do SUS”, reforçou.       

Atualmente o Hospital Coronel Mota possui cerca de 50 pacientes ostomizados cadastrados, destes cinco faleceram e cinco não utilizam mais os equipamentos coletores, e uma média de 17 são frequentadores assíduos das reuniões mensais. “São pessoas da capital e do interior que são atendidos pelo Grupo de Apoio, e que todo mês tem esse momento importante, no processo de realização e acompanhamento do tratamento”, disse.

BOLSA

As bolsas, são reservatórios que a partir do momento da colocação, passarão a ser utilizadas de forma temporária ou permanente, por isso devem ser trocada de acordo com o prazo estipulado para cada paciente, variando de cinco a sete dias, tempo máximo de acordo com cada caso. “É preciso reforçar cada vez mais as informações sobre a higiene pessoal, no que se refere a utilização do material, e conscientizá-los sobre a importância do uso adequado, para evitar o agravamento do quadro clinico”, concluiu.

PARCERIA  

Em 2014 o Hospital Coronel Mota iniciou um trabalho conjunto com Agentes Comunitários de Saúde da capital, para esclarecer sobre a importância do início e adesão ao tratamento. Foram feitos duas reuniões, a primeira entre 250 agentes comunitários e a segunda para enfermeiros da capital e os resultados já foram percebidos. “Conseguimos resgatar aproximadamente 10 pacientes ostomizados que não compareciam às reuniões, do Grupo de Apoio à Pessoa Ostomizada, o que para nós já é um avanço, pois sabemos que essa demanda reprimida existe e que precisa ser atendida. Além disso, a parceria auxilia na inclusão de novos pacientes”, finalizou.

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