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Saúde/Emergência

Sesau anuncia medidas adotadas em 60 dias do decreto de emergência.


Obras e recursos como ações

Passados 60 dias do Decreto de Situação Especial de Emergência na Saúde, os gestores da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) anunciaram, em coletiva, as principais ações realizadas pelo Plano de Recuperação e Garantia da Assistência aos usuários da rede pública estadual de saúde. O Decreto Governamental 17.078-E, do dia 23 de maio, tem duração de 180 dias.

As medidas adotadas até o momento foram anunciadas pelo titular da Sesau em exercício, Alysson Lins e a secretária-adjunta, Claudete Praia. A coletiva começou com o secretário falando da atitude corajosa do governo em decretar no Estado situação especial de emergência. “A nossa saúde não está boa, e temos consciência disso, entretanto, temos trabalhado de forma incansável, para desenvolver uma saúde mais digna e de qualidade à sociedade”, disse, agradecendo o trabalho conjunto de outras Secretarias Estaduais envolvidas, como o Corpo de Bombeiros.

Os leitos de retaguarda foram o primeiro resultado positivo apresentado. Para desafogar o Hospital Geral de Roraima (HGR), a meta é habilitar 100 leitos de internações no Complexo HLI, o Hospital Lotty Iris. Inicialmente funcionam 44 leitos, que começaram a operar desde 30 de junho, e até dia 15 de agosto, a intenção é chegar aos 60 leitos. “Paralelo a isso, estamos com uma ação para conseguir junto ao Mistério da Saúde o cofinanciamento de 100 leitos”, explicou Lins.

Com o credenciamento dos 44 leitos, Claudete explicou que deu para diminuir a lotação de pacientes espalhados pelos corredores, mas que como a unidade trabalha com demanda espontânea, ainda há momentos de picos. Para diminuir a procura na porta de entrada, ela enfatizou que a estratégia é estreitar parceria com o município de Boa Vista e aumentar, possivelmente, algum turno da Policlínica Cosme e Silva. “Vimos a necessidade de ampliar alguns atendimento da rede básica. Estaremos conversando essa semana com a gestão municipal. Sabemos que a grande parte da demanda do HGR ainda é de pacientes que poderiam ter tido resolutividade na atenção básica”, comentou.

MEDICAMENTOS

O abastecimento de medicamentos e material médico-hospitalar foi outro ponto alcançado. A Sesau empenhou na semana passada R$ 7 milhões em medicamento e material médico-hospitalar, em caráter emergencial. “Também serão empenhados, acreditamos que até esta sexta-feira, mais de R$ 10 milhões para aquisição de mais medicamentos”, ponderou Claudete.

Na oportunidade, Claudete esclareceu que o problema de remédio está longe de ser esgotado, visto que a questão geográfica é um dos gargalos enfrentados pelo estado de Roraima quando o assunto é logística. “Por estamos distantes dos grandes centros, como sudeste e centro-oeste, onde se concentram as fábricas, isso atrapalha a entrega de medicamentos”, esclareceu.
As melhorias prediais gradativas e possíveis reformas nas unidades do interior, também foram apresentadas.  Quanto à Maternidade, as obras foram retomadas. A meta é até 15 de agosto entregar o Centro de Parto Normal, e em 120 dias concluir a obra da Casa da Gestante. Outra entrega prevista para daqui a 10 dias, será o Centro de Atenção Psicossocial Ad, no bairro Jardim Floresta, totalmente reformado, ampliado e mobiliado.

Claudete garantiu durante a coletiva que o Laboratório Central de Roraima (Lacen) passa por reforma para dar maior celeridade aos serviços, que estão descentralizados e funcionando plenamente. Ela citou que o Laboratório de Patologia do Estado de Roraima (Laper) é outra unidade que está pleno funcionando em um novo local, com todas as indicações atendidas pela Vigilância Sanitária e órgãos controladores.

COLCHÕES E SERVIDORES

A secretária-adjunta lembrou que quase todas as unidades da capital e do interior já receberam rouparias hospitalares. Vão chegar aproximadamente 410 colchões vindos de Goiânia para as unidades. “Faremos uma reavaliação para que sejam trocados todos os colchões das unidades do Estado”, frisou.

Lins informou que os servidores da saúde não foram esquecidos durante a coletiva e muito menos durante a elaboração do plano de ação. O reajuste de 10% aprovados no PCCR estará garantido no próximo pagamento. 

O secretário encerrou a coletiva reforçando que os trabalhos continuam. Acrescentou que as tarefas estão bastante aceleradas, numa jornada com horário para chegar e sem horário para sair. “Essa medida sem ritmo se faz necessária para essa jornada, como uma etapa de recuperação da saúde. Somos todos responsáveis e esperamos contar com a colaboração de todos os servidores que fazem parte dessa área tão importante, que é a saúde”, concluiu.

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