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Malária

Controle da doença tem dificuldades


Para manter o histórico de redução de casos de malária no estado, vários fatores são avaliados. A reunião estadual da Malária é a principal ferramenta para que todas as vertentes relacionadas ao assunto possam debater e elaborar estratégias de ações de combate e controle da doença. As reuniões acontecem duas vezes ao ano e já duram mais de 12 anos aqui em Roraima.

Na última reunião de avaliação, dias 16 a 18 de julho, foi mais uma oportunidade para elaborar um diagnóstico geral de dificuldades enfrentadas para a realização dos trabalhos que visam o controle da doença e consequentemente a redução dos casos notificados. Para que isso ocorra com mais eficácia e em menor tempo, é necessária uma parceria entre todas as entidades que estão direta ou indiretamente ligadas ao tema.

Para Jonas Monteiro, gerente estadual do Núcleo de controle da malária, a participação dos gestores municipais durante as reuniões é de extrema importância para que as ações apontadas sejam implementadas nas localidades onde a doença é recorrente. “É lamentável a ausência dos secretários municipais de saúde na reunião, pois são eles que têm poder de decisão para que as ações apontadas durante o evento sejam realizadas nos municípios”, enfatizou Monteiro ao lembrar que apenas dois secretários municipais participaram integralmente da reunião.

Entre os principais problemas apontados, a alta rotatividade de profissionais que realizam os trabalhos de prevenção, a falta de manutenção para os veículos que dão suporte as ações, são dificuldades comuns nos municípios. Monteiro explica que será enviado um relatório aos gestores municipais contendo todo o diagnóstico atual das ações de combate deste primeiro semestre, bem como com as dificuldades pontuadas. “A ideia é articular junto aos secretários que as medidas para facilitar os trabalhos de controle sejam solucionadas”, relatou o gerente.

Monteiro ressalta que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) está com a relação de EPI (Equipamento de Proteção Individual) para dar apoio aos municípios em suas ações. Botas, luvas, macacões, protetor auricular, máscaras e bonés, fazem parte do EPI. Para ser contemplado com os EPIs, basta encaminhar a solicitação para Gerência Estadual do núcleo de controle da malária, conforme a quantidade de agentes de endemias de cada localidade.

O estado vem realizando no decorrer deste ano, capacitações para agentes de endemias e microscopistas dos municípios.    No primeiro semestre de 2014, foram detectados 3.504 casos de malária em Roraima, aproximadamente 25% a menos do que foi registrado no mesmo período de 2013, quando 4.697 pessoas tiveram a doença. Destes casos, 1.312 foram notificados na capital. “Temos uma queda importante, mas nosso compromisso de manter a redução e garantir o diagnóstico precoce e tratamento adequado continua a cada ano”, pontuou Monteiro.

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