- 06 de novembro de 2024
Médicos e enfermeiros de todo o Estado participarão, de 15 a 17 de julho, de um curso sobre tuberculose. A intenção é capacitar estes profissionais para o diagnóstico precoce e o tratamento, o que é um dos meios para diminuir os números desta doença. No primeiro semestre, 60 pessoas foram diagnosticadas.
O treinamento vai abordar os aspectos clínicos, diagnóstico, tratamento, situação epidemiológica, biossegurança, registro de dados e fluxo da informação dos casos diagnosticados. A instrução ocorre no auditório do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais (Pronat), da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e será ministrada por Ana Lília Guimarães, médica referência no Estado para a doença.
A capacitação é destinada a profissionais tanto da rede básica, quanto das demais unidades hospitalares. "O aperfeiçoamento é importante para reforçar as informações sobre a doença, inclusive sobre as normas técnicas que sempre estão em atualização", destacou a gerente do Núcleo de Controle da Tuberculose (NCT), Goreth Alves.
Ela explicou que nas últimas edições da capacitação, em média, 120 profissionais passaram pelas turmas, mas esta necessidade vem aumentando e a expectativa é que nesta edição, de 150 a 180 profissionais participem do curso. A capacitação está dentro das atividades de rotina e é realizada anualmente pelo núcleo.
No primeiro semestre deste ano, foram diagnosticadas 60 novos casos de tuberculose em Roraima, sendo 53 casos de residentes roraimenses e outros sete casos em pessoas que moram em outros países.
Nos últimos anos, o número de novos casos confirmados tem ficado dentro da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. No ano passado, o indicador estipulou limite de 163 casos para o Estado. No período, foram registrados 142 casos novos de pessoas residentes no Estado e outros 27 de pessoas que residem fora. “Estamos com níveis satisfatórios de detecção da doença. Os desafios agora são melhorar as taxas de mortalidade e abandono do tratamento”, explicou.
TUBERCULOSE
É uma doença infecciosa, que se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode matar. O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre, suor noturno, falta de apetite e emagrecimento.
A transmissão da tuberculose é direta, ou seja, a pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e que podem ser aspiradas por outro indivíduo.
A prevenção é feita através da vacinação BCG, pela busca ativa de casos e tratamento da infecção latente. A busca ativa de casos é a principal atividade destinada à prevenção da doença. Ela tem a finalidade de identificar precocemente o caso, evitando que o paciente infecte familiar e outros indivíduos da comunidade, além de aumentar a probabilidade de um desfecho favorável.