- 06 de novembro de 2024
No primeiro semestre deste ano, os municípios de Roraima registraram 1.038 casos de malária oriundos de países vizinhos, o que representa 29,62% do total. Apesar de significante, o número de casos de malária importados caiu em relação ao mesmo período do ano passado, quando quase metade dos casos diagnosticados (48%) era de outros países, sobretudo da Venezuela e da Guiana, que fazem fronteira com Roraima.
Com cerca de 60% da população do Estado, Boa Vista concentra 79% dos casos importados, com 827 pacientes atendidos.
No primeiro semestre deste ano, foram detectados 3.504 casos da doença no Estado, aproximadamente 25% a menos do que foi registrado no mesmo período do ano anterior, quando 4.697 pessoas tiveram a doença. Destes casos, 1.312 foram notificados na capital.
No interior, os municípios que apresentam maior incidência da doença são Rorainópolis (422), Amajari (371), Caracaraí (337). Já o município com menor índice é Normandia, com apenas oito casos em 2014.
No estado existem duas espécies parasitárias que causam a malária: o plasmodium vivax e plasmodium falciparum. Esse último é o mais grave, e se não for tratado logo pode levar o paciente a várias complicações, exemplo, ao coma, mau funcionamento dos órgãos vitais e demais problemas.
Esse assunto será um dos pontos de discussão da XXV Reunião de Avaliação do Programa Estadual de Controle da Malária, que ocorre de 16 a 18 de julho, no auditório da Eletrobras, avenida Capitão Ene Garcez, 691 – Centro. A abertura será às 9h.
O gerente Estadual do Núcleo de Controle da Malária em Roraima, Jonas Monteiro, explicou que a reunião deve ter a participação de secretários municipais, gerentes de endemias, coordenadores da Atenção Básica, e representantes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas do Leste e o Yanomami e técnicos da Coordenação Nacional do Programa. “Nesse encontro iremos avaliar as metas programadas e executadas no controle da malária e definir as propostas para as próximas ações para manter a redução”, disse.
Monteiro pontuou que a redução de casos é resultado de projetos voltados para o controle da doença, reforçados nos últimos cinco anos. Desde 1999, o Ministério da Saúde estabeleceu uma redução de 50%, seguindo as diretrizes do Plano de Combate à Malária na Amazônia, em que Roraima alcançou uma queda de 77% nos casos registrados.
A reunião segue o calendário de reuniões do Programa Nacional de Combate a Malária do Ministério da Saúde (MS). O encontro acontece duas vezes ao ano, um em junho e a outro em novembro.