- 06 de novembro de 2024
Àgua sadia contra doenças
Com a chegada do período chuvoso, focos de enchente, alagamento, poços destampados podem comprometer a qualidade da água em algumas localidades. Para evitar o surgimento de doenças relacionadas coma ingestão de água imprópria, alguns cuidados precisam ser tomados principalmente nos lugares mais afastados.
No interior do Estado, apenas as sedes dos municípios dispõem de água tratada. Com o objetivo de garantir a qualidade desta água, a Secretaria de Estado da Saúde disponibiliza o hipoclorito de sódio a todos os municípios de Roraima. O hipoclorito de sódio é utilizado para purificar a água para uso e consumo humano.
O Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano Estadual (Vigiágua), coordenador pelo Departamento de Vigilância Ambiental do Estado, disponibiliza a pronta entrega, o hipoclorito aos municípios, durante todo o ano. A gerente do Vigiágua, Ivete Fernandes explica que existe uma cota mensal do produto para cada município. A cota é baseada na quantidade da população de cada localidade e da demanda de uso informada pelos municípios. “Existe uma cota já estabelecida juntamente com os municípios, porém nós entendemos que se for necessário o reforço, os municípios podem solicitar e justificar”, informou Ivete esclarecendo que o importante é o cuidado com a saúde pública.
Conforme a gerente, o uso do hipoclorito na água pode evitar a contaminação por microrganismos e bactérias. “Apenas duas gotinhas para cada dois litros de água são necessárias para evitar uma série de complicações em decorrência de alguma doença que se desenvolve através desta falta de cuidado”, ressalta a gerente reiterando que a água deve ser armazenada em local limpo e com tampa. Deve também esperar por 30 minutos após a mistura para poder consumir a água.
Ainda, o uso do hipoclorito na água ameniza impactos epidemiológicos, isto é, diminui doenças de vinculação hídrica. A utilização direta em poços não surtirá efeito, ocorrendo a perda de material. É necessário observar a forma de uso do produto. Usá-lo de forma errada pode não proteger a água. Ivete relata que é comum em algumas comunidades rurais, a população colocar o hipoclorito direto no poço. “Além de não saber ao exato quantos litros de água tem no poço, a água se renova naturalmente” alerta Ivete lembrando que com as chuvas, as águas do poço também sofrem alterações.
Os municípios que desejarem retirar a sua cota mensal de hipoclorito devem passar no Vigiágua para receber a sua autorização e em seguida retirar o produto na Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF), localizada na avenida Mário Homem de Melo, no bairro Caimbé.
A população tem acesso ao hipoclorito, nos postos de saúde e através das visitas domiciliares dos Agentes Comunitários. A média mensal de consumo é de dois frascos de hipoclorito por família. Ainda conforme ela existe disponível na CGAF aproximadamente 130 mil frascos do produto á disposição dos municípios conforme a cota e eventuais necessidades.