- 06 de novembro de 2024
Médicos para 2 municípios
Os municípios de Mucajaí e de Normandia recebem hoje, 07, dois venezuelanos do Programa Nacional “Mais Médicos”. Os profissionais desembarcaram em Boa Vista na última quinta-feira, 03, através de voo comercial e foram enviados pelo Ministério da Saúde (MS) para suprir as vagas que ficaram em aberto após a desistência dos intercambistas que atuavam nestas localidades.
Após cinco ciclos do programa, Roraima foi contemplado com 138 médicos que foram distribuídos nos 15 municípios e nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, o DSEI-Leste e o DSEI-Yanomami. Segundo o apoiador Interfederativo do MS em Roraima, Namis Levino, o motivo da desistência pode ter sido a dificuldade de adaptação para permanecer nos municípios. “Para continuar prestando assistência nas localidades, o Ministério encaminhou mais dois médicos”, esclareceu Levino.
O primeiro ciclo do Programa Mais Médicos teve início em agosto do ano passado. Desde lá, o estado vem acolhendo estes intercambistas e encaminhando para os municípios. No quinto ciclo, o último do programa, o estado alcançou a cobertura de 100% nos municípios.
Os médicos do programa são experientes e com uma formação voltada à Atenção Básica, visitas domiciliares e atendimento humanizado. “Queremos chegar até o final do programa com pelo menos 80% da Atenção Básica fortalecida e organizada”, comentou.
Levino, a atuação dos profissionais no estado já pode ser percebida de forma muito positiva. Comparando janeiro de 2013, antes da implantação do “Mais Médicos”, e janeiro de 2014, quando o programa já estava em andamento, a média de atendimentos na Atenção Básica cresceu em 47,8 %. “Com o aumento da quantidade de profissionais, a população é a maior beneficiada. O acesso aos atendimentos cresce e os riscos pela falta de acompanhamento médico diminuem consideravelmente”, frisou o apoiador.
O impacto do programa em Roraima ultrapassou a média nacional. Enquanto o aumento nos atendimentos prestados à população foi de 47,8%, a do Brasil foi de 34,9%. Levino acredita que o motivo disto seja pelo fato de que Roraima ter 100% de cobertura, enquanto outros estados brasileiros o programa não teve alcance em todos os municípios. “Por ser um Estado pequeno em relação ao restante do país, conseguimos ter impactos mais relevantes”, citou.
O programa leva mais médicos para as regiões onde há escassez e ausência de profissionais, com a convocação de médicos para atuar na atenção básica de municípios com maior vulnerabilidade e nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). A meta é melhorar os índices da saúde. O regime de trabalho é de 40 horas semanais, não podendo assumir outro vínculo de emprego por três anos.