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Copa na Fronteira

Na fronteira do Amazonas, festa garantida no lado brasileiro ou colombiano.


Fronteira sem carreatas 

Manaus - No Brasil, a Avenida se chama Amizade, enquanto que, na Colômbia, o nome é Avenida Internacional. A via que separa duas nações fica entre Tabatinga (a 1.108 quilômetros a oeste de Manaus) e Leticia, cidade colombiana de 35 mil habitantes, divisa onde o nível de euforia e apreensão dos torcedores dos dois países deve se assemelhar ao da Arena Castelão, em Fortaleza, às 16h, desta sexta-feira.

Seguindo a trajetória das duas seleções, as torcidas de ambos os países costumam comemorar as vitórias com carreatas que ultrapassam a fronteira, de acordo com o delegado da Polícia Federal de Tabatinga, Charles Gonçalves.

Por medida de precaução, as carreatas serão acompanhadas por militares nesta sexta e impedidas de ultrapassar o território, mas Gonçalves afirma que o clima na região é harmonioso.

“Quando o Brasil ou a Colômbia vence, a população faz carreata e sempre ultrapassa a fronteira na avenida que divide os dois países, mas as manifestações são sempre pacíficas. Eles vivem em harmonia, até porque, aqui, 50% das pessoas tem dupla nacionalidade”, constatou o delegado.

“Antes, os colombianos geralmente vinham a Tabatinga para assistir aos jogos do Brasil com parentes ou amigos e vice-versa. Como os dois vão se enfrentar agora, teremos essa medida como precaução, mas a fronteira não será fechada. Apenas as carreatas serão contidas na divisa”, explicou Gonçalves.

Outra precaução tomada na segurança foi o reforço no contigente policial com o deslocamento de 30 policiais militares para auxiliarem o batalhão de Tabatinga nesta sexta-feira. O Exército também ajudará no patrulhamento da fronteira.

Rivais unidos

A harmonia entre as nações é reiterada pela comerciante Lúcia Marques, que trabalha em um estabelecimento de produtos alimentícios localizado bem na Avenida da Amizade.

“Está tudo tranquilo, mas não sei como vai ser amanhã (nesta sexta), porque dessa vez as seleções se enfrentam”, disse a amazonense, que não lembra a reação dos torcedores dos dois países na região na última vez em que as seleções se enfrentaram.

Vale lembrar que é a primeira vez que Brasil e Colômbia se enfrentam em uma Copa do Mundo.

Lúcia avalia como normal a movimentação das duas cidades no período desta Copa do Mundo.

“A festa aqui é a da passeata, que sempre teve. Aconteceu na Copa das Confederações e em qualquer jogo que tenha vitória do Brasil ou da Colômbia. Quando uma das seleções vence, todo mundo se une e faz festa”, explicou.(DA)

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