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Top Maternal

Projeto aumenta laços afetivos entre mãe e bebê após o parto.


Humanização do parto no HMNN

O Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) vai implantar o projeto “Top Maternal”, cuja faixa é de tecido (malha) e elastano que deixa o bebê em contato pele a pele com a mãe após o parto e nos primeiros dias de vida. O estudo deu certo em outras cidades do país, e por isso o Grupo de Trabalho e Humanização (GTH) do HMI resolveu testar por um certo período, essa aproximação mais direta da mãe com o bebê. A decisão saiu da reunião semanal do Grupo, que se encontra todas as terças-feiras, a partir das 10h, para discutir inovações para o melhor funcionamento da unidade. 

A diretora-geral do HMI, Ana Carolina Brito, acredita que o projeto terá êxito da mesma forma que nos outros Estados. Ela mencionou que a unidade já confeccionou 200 tops, o que resta agora é colocar a logomarca da unidade para começar a utilização e o estudo do protótipo.

Os profissionais do Centro de Parto Normal e Centro Cirúrgico farão o estudo do projeto implantado. “Acreditamos que a ideia será bem aceita e dará certo”, frisou. A princípio será adotado por um certo período. Os avaliadores irão perceber a reação da população, se está havendo aceitação ou não das pacientes, será observada a periodicidade e quantas vezes o uso do mesmo top é aconselhável, a durabilidade da elasticidade, a manutenção do produto na hora da lavagem e da esterilização.

Uma das integrantes do GTH, Marcela Monteiro, ressaltou que o projeto é um protótipo que será testado pela primeira vez no Estado. “O top só pode ser usado por crianças saudáveis e é eficaz para o desenvolvimento do bebê. Após o parto imediato, quando a mulher tem o bebê, ele vai direto para os braços da mãe”, disse.

Marcela explica que a faixa dá maior segurança tanto para o bebê quanto para a mãe, pois muitas vezes ela está fraca e sem força para segurar o próprio filho, e com a faixa, possibilita segurança, conforto para ambos, além de estabilizar a temperatura corporal da criança. “A tranquilidade e o prazer da mãe em ter o filho próximo estimula os hormônios responsáveis pela produção do leite, como a ocitocina e prolactina”, argumentou.

Quanto ao GTH, a diretora explicou que são reuniões para todos os coordenadores e servidores discutirem pontos importantes para melhor atender as usuárias. “Prezamos pela gestão participativa, ou seja, que as decisões sejam partilhadas, com perspectivas do olhar na humanização da assistência”, comentou Ana.

MÉTODO “CANGURU”

O mecanismo simples, porém eficaz do “top maternal” foi inspirado no Método Canguru, realizado com bebês prematuros. Na técnica, os recém-nascidos são aconchegados ao peito da mãe ou do pai após saírem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Da mesma forma que no “canguru”, o pai também pode usar o “top maternal”. 

Esse ato aproxima o pai do filho e promove a formação da família. “A figura paterna também é importante no processo de amamentação, por meio da motivação que ele deve dar a mãe no processo de adaptação da criança ao seio”, orientou Marcela.

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