Sistema Prisional

Para concluir os trabalhos iniciados em maio deste ano na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC) e no complexo Feminino, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) retorna amanhã, 26, à unidade para realizar a entrega de 66 óculos demandados durante a ação. Na ocasião, foram feitos 100 atendimentos pelo médico oftalmologista durante o mutirão de saúde realizado no sistema prisional.

Durante a ação, os reeducandos receberam além de oftalmologia, atendimentos em outras especialidades médicas como: dermatologia, ginecologia e na área de cardiologia. Com os atendimentos oftalmológicos, foram identificados 66 casos de necessidade do uso de óculos. Ainda durante o mutirão, foram retiradas as medidas e verificado o grau adequado para os pacientes identificados. O material foi mandado para a confecção e agora será entregue aos reeducandos pela equipe de saúde, instalada na unidade prisional.

Conforme o diretor do Departamento de Atenção Básica (DAB), Rondinaldo Silva, ações como esta colaboram para a melhoria da saúde da população carcerária. Com palestras educativas, distribuição de material informativo, preservativos, os reeducandos passam a ter o conhecimento dos cuidados a serem tomados para a preservação da saúde. “Como esta população vive em ambiente fechado, todos juntos, os cuidados com a saúde devem ser redobrados para que os demais não sejam acometidos por possíveis doenças infectocontagiosas”, enfatiza o diretor.

Para garantir o acesso à saúde às pessoas privadas de liberdade, a Sesau realiza atendimentos básicos de saúde dentro da unidade prisional com uma equipe de oito profissionais. A equipe conta com médico clínico-geral, enfermeiro, psicólogo, dentista, técnico de enfermagem e técnico de saúde bucal.

O mutirão realizado em maio deste ano teve o objetivo de levar atendimentos especializados ao sistema, para facilitar o acesso às especialidades, já que em casos que demandam atendimento especializado, o reeducando deve ser encaminhado e acompanhado a uma unidade de saúde para receber o atendimento.

Silva avalia como positiva a iniciativa e enfatizou a importância de ações como estas, para levar o serviço para dentro das unidades e não o contrário, uma vez que a logística na saída das pessoas privadas de liberdade, para atendimentos em saúde, acaba sendo mais complexo. “A intenção é buscar a continuidade das ações de saúde, conforme a demanda identificada pela equipe, que presta atendimento básico no local”, explicou o diretor, destacando que existe a parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) para a realização dos trabalhos no sistema prisional.