- 07 de novembro de 2024
A remoção de grávidas
Após o lançamento da primeira fase do Projeto Alô Cegonha na quarta-feira (28), o Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU) passou a receber vários chamados para a remoção de mulheres que estão iniciando o trabalho de parto. Embora o Samu seja de abrangência do Alô Cegonha, nesta primeira fase, o projeto atenderá apenas as puérperas, ou seja, mães que acabaram de dá a luz e não têm condições econômicas de sair da maternidade e chegar até suas residências. A Central 192 trabalhará em parceria na terceira fase do projeto.
O secretário adjunto de saúde, Alysson Lins, reforça que a primeira fase já está funcionando e está atendendo as mulheres normalmente. Já a segunda fase e a terceira que consiste em remover a paciente em trabalho de parto do domicílio à maternidade, deve ser implantado até o final do ano quando o Estado irá ampliar os serviços conforme à demanda gerada.
Entretanto, segundo Francisco Miranda, coordenador da Central de Regulação do SAMU, as pessoas estão se equivocando e fazendo solicitações para a remoção de mulheres que estão iniciando o trabalho de parto. “Dentre as competências do SAMU, fazer a remoção de grávidas é de sua responsabilidade apenas quando a gestante está na iminência do parto, com dilatação completa, ou seja, praticamente parindo”, explicou.
Segundo o coordenador, o trabalho de parto pode durar em torno de 15 horas até o nascimento do bebê, casos dessa natureza não são considerados de emergência, onde a mãe tem condições de se deslocar sem a necessidade da ambulância.
Outras das responsabilidades do Samu com relação as gestantes é quando se identifica uma emergência obstétrica como eclampsia pré-eclampsia, sangramento intenso, diabetes gestacional com altos níveis de glicose, aborto em curso, entre outros casos em que seja identificado por parte do médico regulador, iminente risco de morte da gestante ou do feto.
Conforme Alysson Lins, a implantação da terceira fase do Alô Cegonha está prevista para acontecer até o final deste ano e será feita em parceria com o SAMU, que por sua vez irá regular as remoções pelo número de emergência 192. “Durante a classificação do atendimento, por meio da central 192, o médico regulador fará algumas perguntas a fim de identificar se a remoção será realizada pelo Alô Cegonha ou pelo SAMU”, disse.
Ainda segundo o secretário, se durante o atendimento com a paciente ou solicitante, for identificado um caso de emergência ou franco trabalho de parto, a Central de Regulação enviará a ambulância do SAMU para prestar o atendimento de imediato. Já nos casos fora dos perfis anteriores, a Regulação entrará em contato com o Alô cegonha e a gestante será atendida pela ambulância do projeto.
SEGUNDA FASE
Na segunda fase será feita a identificação do paciente, através do Serviço Social do HMI, de puérperas que necessitem de auxílio para regressar ao domicílio, após alta, no município de Boa Vista e demais municípios.
Já na terceira fase buscará manter as ações implantadas na fase anterior, reforçando a possibilidade de atendimento após a regulação pelo SAMU, que ficará responsável por detectar o meio mais adequado de remover a paciente do domicílio até a maternidade.