- 07 de novembro de 2024
Leite para salvar vidas
“Quando você doa leite materno, doa vida para o bebê e força para a mãe”. É com esse slogan que o Ministério da Saúde lançou uma campanha que pretende aumentar em, pelo menos, 15% o volume de leite coletado em todo o país. Em Roraima, a campanha chega em boa hora, pois, com apenas 20 doadoras cadastradas, o estoque tem ficado abaixo do esperado, suficiente para atender apenas aos bebês da UTI neonatal.
Em Roraima, o Banco de Leite Humano Marilurdes Albuquerque (BLH) coletou 1.356 litros em 2013. De janeiro a abril deste ano, o BLH coletou 335 litros de 446 doadoras, beneficiando diretamente 602 recém-nascidos. Embora a coleta tenha aumentado no ano passado em relação ao ano anterior – foram colhidos 619 litros de leite em 2012 contra 1.356 litros no ano seguinte – a demanda também tem aumentado consideravelmente, fazendo com que o estoque fique aquém do necessário.
A coordenadora do BLH, Rosa Leal, explica que apesar de toda a tecnologia envolvida, o leite artificial não se compara ao humano, que possui centenas de substâncias de proteção já comprovadas cientificamente. “O leite humano é insubstituível. Ele é fundamental no tratamento de bebês de alto risco e diminui as chances de que essa criança desenvolva doenças durante a vida”, pontuou.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano foi criada em 1998, por iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz. A principal ideia é prevenir a mortalidade infantil, por meio da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Esse trabalho auxilia as mães, como aquelas que não podem amamentar, durante os primeiros meses de vida.
Qualquer mãe saudável que estiver amamentando e tiver leite excedente pode fazer a doação. Para isso, as mães lactantes podem solicitar orientação diretamente ao Banco de Leite Humano. A equipe vai até a casa da doadora, fornece todas as instruções e leva os frascos adequados para o armazenamento. Guardando o leite em casa, de acordo com a própria disponibilidade e no máximo até 10 dias após a coleta, basta a doadora solicitar a retirada do leite em sua casa.
No entanto, a amamentação cruzada é desaconselhada por colocar em risco a vida do bebê. A mulher que amamenta (que não é a mãe) pode ser portadora de diversas doenças que passam para o leite materno, contaminando o bebê. Por isso, a forma de doação mais segura é por meio do Banco de Leite, pois lá, o produto coletado é processado, pasteurizado e passa por um criterioso controle de qualidade.
O contato com o Banco de Leite pode ser feito por meio do telefone 4009-4909.