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Teatro/Sesc

Dramaturgia:Leituras em Cena


Nos dias 20 e 21 de maio, o Serviço Social do Comércio em Roraima (Sesc-RR) realizará mais uma edição do Dramaturgia Leituras em Cena, que em 2014 completa 16 anos de existência e destaque no cenário artístico brasileiro. O evento terá entrada franca e será realizado sempre às 20h, no Teatro Jaber Xaud, no Mecejana.

O projeto ganhou seu espaço nestes anos por estimular a prática de leitura de textos teatrais, além de oportunizar o ritual de ouvir/ver leituras encenadas de textos inéditos e consagrados obras da dramaturgia nacional e internacional.

Em 2014, vem com o tema “Sesc Dramaturgia: Debatendo Dramaturgias da Ditadura a Atualidade”, com foco nos 50 anos do golpe cívico-militar de 1964 e suas produções teatrais de resistência. Tendo como destaque a obra de Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, com a participação do  Centro de Teatro do Oprimido, a proposta para o projeto do Sesc é desde o início, combinar o arsenal do Teatro do Oprimido com os textos dramatúrgicos críticos dos anos 50, 60 e 70.

Não apenas reunir atores e diretores em torno de textos teatrais, mas a intenção é apontar as suas 'potencialidades cênicas', através da leitura dramatizada. Além desse trabalho prático também haverá a realização de um debate teórico aberto ao público para complementar as ações práticas da Oficina e das leituras dramatizadas. Com isto, o público é alertado quanto a urgência de se rever o lugar da dramaturgia no teatro contemporâneo. 

Os elencos foram contemplados gratuitamente com o acompanhamento dos oficineiros considerados Curingas do Centro de Teatro do Oprimido – CTO (associação sócio-cultural sem fins lucrativos) - Flávio Sanctum e Alessandro Conceição, ambos do estado do Rio de Janeiro. Para o sucesso do evento, o Sesc ofereceu ainda para a direção duas profissionais roraimenses  renomadas por envolvimento em atuação, produção e direção de grandes espetáculos: Vivian Nina e Marisa Bezerra.

No dia 20, terça-feira, haverá a leitura aplicada do texto ''Eles não usam black-tie'', de Gianfrancesco Guarnieri. O elenco terá nove atores/alunos da oficina Dramaturgia: Leituras em Cena, desenvolvida pelo Sesc-RR. 

Guarnieri, em 1958, revolucionou a dramaturgia nacional com a peça ''Eles não usam Black-tie'' por contrariar todas as expectativas, salvar o conjunto da falência e se impor como o primeiro texto nacional a abordar a vida de operários em greve. Além de torna-se, um dos maiores atores e dramaturgos brasileiros, após ter conquistado espaço em televisão e cinema.

Para encerrar a programação da noite, haverá um coquetel para o lançamento oficial das obras do oficineiro Flávio Sanctum: ''Nada Mais do Que Isso, um romance que aborda a diversidade sexual na juventude'' e ''De Freire a Boal: Pedagogia do Oprimido/Teatro do Oprimido''.

Já na quarta-feira, 21, o elenco com 11 atores, irá expor ''Revolução na América do Sul'', de Augusto Pinto Boal. O autor é reconhecido na meio da dramaturgia por seus feitos como, diretor de teatro, dramaturgo, ensaísta brasileiro, além de fundar o Teatro do Oprimido, tornando-o assim uma importante figura no teatro contemporâneo internacional.
Segundo Boal, o Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. ''Todos os seres humanos são atores, porque atuam, e espectadores porque observam. Somos todos espectadores''.

Confira a sinopse de cada obra:
"Eles não usam black- tie", de Gianfrancesco Guarnieri - Em São Paulo, em 1980, o jovem operário Tião e sua namorada Maria decidem casar-se ao saber que a moça está grávida. Ao mesmo tempo, eclode um movimento grevista que divide a categoria metalúrgica. Preocupado com o casamento e temendo perder o emprego, Tião fura a greve, entrando em conflito com o pai, Otávio, um velho militante sindical que passou três anos na cadeia durante o regime militar. 

"Revolução na América do Sul", de Augusto Pinto Boal - O Texto estreado em 1960, num momento de acirramento dos movimentos nacionalistas em função das eleições presidenciais, a Revolução na América do Sul constitui-se numa dramatização de um pequeno folheto que circulava então, denominado José da Silva. Ampliando horizontes, Boal cria um percurso para o alegórico protagonista, um operário cujo caminho é interceptado por um sem-número de figuras e situações. Formulada em quadros, a peça pretende ser um painel sintético da contraditória realidade nacional.

Mostra Sesc Amazônia das Artes

A sétima arte encerrará a programação de doze noites da Mostra Sesc Amazônia das Artes – 2014, que em sua sexta edição reuniu espetáculos de dança, teatro e música. Nesta segunda-feira, 19, o público poderá prestigiar a Mostra Ficção e Mostra Documentário. O evento será aberto para todas as idades no CineSesc, no Centro de Atividades Sesc, no Mecejana, às 19h. 

Para encerrar a programação do evento que vem desde o dia 8 promovendo a aproximação do artista com o público, e do público com diferentes culturas oriundas da Amazônia Legal, o Sesc escolheu expor a sétima arte, com a exibição de curta-metragens de ficção e documentários produzidos no Mato Grosso, Pará, Tocantins, Acre e Roraima. 

"O Último Lamento", de Alex Pizano irá representar o estado de Roraima e percorrerá todos os estados que também recebem a Mostra Sesc Amazônia das Artes. Classificado como gênero fictício, para maiores de 14 anos. A história mostra como um ex-integrante de uma rede mafiosa, prestes a ser executado, reflete sobre sua vida e as escolhas que moldaram toda a sua trajetória até o dramático momento em que ele se encontra.
Entre os curta-metragens de ficção estarão "Nó de Rosas" (MT), "Awara Nane Putane" (AC), "Matinta" (PA) e "Muragens - Crônicas de um Muro" (PA). 

Já na Mostra Documentário que iniciará a partir das 21h30, os estados do Mato Grosso, Rondônia e Tocantins irão utilizar a tela do CineSesc para expor trabalhos recentes, que comprovam trabalho árduo, de merecimento de acordo com seus prêmios locais adquiridos. 

Entre os curta-metragens para a Mostra Documentários estará: "Manoel Chiquitano Brasileiro" (MT), "Bizarrus" (RO), "Altar de Pedra Canga" (TO). 

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