- 07 de novembro de 2024
O Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINS), a única maternidade pública de Roraima, tem fortalecido, a cada dia, o parto humanizado, seguindo as diretrizes do próprio Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Parto Humanizado faz parte da política de ação da Rede Cegonha (RC), implantada há dois anos em Roraima. Entre ações constam ainda os projetos Visita Antecipada, Método Canguru e Aconchego (redes nas incubadoras), e o Meu Bebê Minha Vida.
Segundo Ana Carolina Brito, diretora-geral do HMI, a unidade conta atualmente com 218 leitos, distribuídos nas alas: Margaridas (pós e pré-operatório e também infecção peruerpral); Girassóis (gestação de alto risco); Violetas (Centro Cirúrgico); Rosas (alojamento conjunto de mãe e bebê de parto normal); Orquídeas (parto humanizado normal, com direito a acompanhante e cama PPP). “A separação é feita de acordo com o quadro clínico da gestante, com o tipo de assistência técnica que a equipe presta ao paciente”, esclareceu.
A estrutura conta ainda com oito leitos de UTI Neo natal e 21 de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), sendo 05 canguru, 08 alto risco e 08 médio risco.
A Rede Cegonha é um conjunto de medidas para garantir a todas as usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.
A partir do reforço das ações, na unidade, os usuários percebem as mudanças. O caso mais recente ocorreu nesta terça-feira (13). A dona de casa, Gabrielly Barbosa dos Santos, 25, passou por procedimento de parto normal, para dar a luz ao quinto filho. Natural do Amazonas ficou encantada com a diferença no atendimento.
“Cheguei no sábado na maternidade, porque havia a possibilidade de ser parto prematuro, e desde então, até o nascimento do meu bebê, na madrugada de hoje, recebi toda a atenção da equipe no hospital, tanto de enfermeiros, quanto do médico, e o que mais gostei foi o fato do meu esposo ter tido autorização para estar ao me lado, durante o processo de parto. Foi um acolhimento diferenciado, que ainda não tinha visto, em nenhum dos meus partos anteriores”, disse.
Conforme a diretora da unidade a presença de uma pessoa, escolhida pela gestante faz parte do que é preconizado dentro da polícitica de saúde, de acolhimento do parto humanizado. “Deixamos as gestantes, a vontade, para que elas escolham uma pessoa, para acompanhá-las durante o trabnalho de parto, parto e pós parto imediato. É uma forma de possibilitar maior segurança e tranquilidade a paciente”, salientou.
CENTRO DE APOIO
Em 2013 o HMINS foi uma das seis maternidades indicadas pelo Ministério da Saúde, para serem credenciadas como Centro de Apoio ao Desenvolvimento de Boas Práticas de Atenção Obstétricas e Neonatal. Após a indicação a unidade passou pela primeira fase de avaliação, que incluiu um Seminário de Boas Práticas Obstétricas e Neonatais, no mês de novembro.
“Depois da visita a dezesseis estados brasileiros o Ministério escolheu o HMI, pelo trabalho desenvolvido referente às ações em obstetrícia e neonatologia, incluindo as ações de parto humanizado. E para nós essa decisão do MS, confirma que estamos no caminho certo”, finalizou.