- 12 de novembro de 2024
O V Fórum de Reitores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) da Região Norte terminou na tarde desta quinta-feira (24). Após a última exposição do encontro, intitulada “Análise de possibilidades para a Região Norte” e feita pelo professor Paulo Speller, secretário da Secretaria de Educação Superior (SESu), os reitores e pró-reitores presentes reforçaram a necessidade do Governo Federal traçar políticas interministeriais que ajudem a solucionar problemas como o Custo Amazônia e colaborem na fixação de docentes com doutorado.
A atual presidente do fórum é a professora Gioconda Martínez, reitora da UFRR. Ela reforçou o papel do mesmo como espaço de troca de conhecimentos e elaboração de proposições aos setores relacionados à educação. “Vamos fazer um documento, a Carta de Boa Vista, e encaminhá-lo ao ministro da Educação, à CNPq, à Capes e a todos os órgãos que possam contribuir para a implementação de nossa proposta de desenvolvimento para a região, incluindo a necessidade de um programa de fixação de doutores na Amazônia”, afirmou.
A reitora da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), Márcia Perales, reafirmou que o fórum de reitores foi criado em 2009 para ser um espaço de discussão de questões comuns às instituições da região e servir como espaço de interlocução com o Governo. “Precisamos de uma política interministerial para a região amazônica, com políticas de estado que nos permitam crescer no caminho e velocidade certas”.
O secretário Paulo Speller sugeriu aos reitores trabalhar em conjunto para implantar o programa, envolvendo e mobilizando as bancadas federais. “Isso deve fazer de nossa discussão, incluindo também a questão da logística e da manutenção. O fórum tem grande importância para levar ao ministério demandas de desenvolvimento”.
Os reitores do Norte querem que o Ministério da Educação implemente uma proposta apresentada em 2012 para estimular a vinda e permanência de docentes com doutorado na região amazônica.
A intenção é criar condições para fixar na região até dez mil pesquisadores na próxima década, além de apoiar a permanência dos doutores já contratados.
Conforme dados do Fórum de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, atualmente há menos de quatro mil doutores atuando na Amazônia, de um total de 70 mil no país. São estes pesquisadores que podem incrementar a pesquisa científica, internalizar recursos disponibilizados pelos editais das agências e formar novas gerações de pesquisadores.
O programa prevê ações de apoio aos pesquisadores que já estão na região e aos que vierem a ser contratados pelas instituições de ensino e pesquisa da Amazônia.
Os benefícios incluem a concessão da Bolsa de Pesquisador da Amazônia para novos contratados e para cientistas já em atuação nas instituições; o Auxílio Pesquisa na Amazônia, com recursos de custeio e capital para o estabelecimento de suas bases de pesquisa; Bolsas de Professor Nacional Visitante Sênior (para a nucleação de novos grupos de pesquisa) e Bolsas de Iniciação Científica para alunos de graduação ligados aos projetos coordenados pelos pesquisadores apoiados.
Clique para ler o texto do Programa de Atração e Fixação de Doutores na Amazônia e entender como funcionará: http://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-4153.pdf