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Tecnologia/Greve

Grevistas de área tecnológica buscam apoio de deputados na ALE-RR.


Deputados chamados a apoiar
 
Há mais de três meses em greve, os Profissionais da Área Tecnológica do Estado de Roraima (Conepat-RR), formada por engenheiros, arquitetos, médicos veterinários, técnicos industriais e agrícolas decidiram buscar apoio dos parlamentares na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria.

Munidos de faixas e cartazes contendo reinvindicações, o grupo vem comparecendo a todas as sessões ordinárias no sentido de chamar a atenção dos deputados. Ao todo são 450 servidores que se encontram em greve no estado.

Segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Roraima (SENGE-RR) e responsável pelo comando grevista, Wolney Costa, o ex-governador José de Anchieta (PSDB) havia oferecido uma proposta para os servidores no início deste mês. 
“Recentemente fomos chamados para uma reunião na Procuradoria Geral do Estado (Proge), em que estavam presentes a deputada Aurelina Medeiros (PSDB), a secretária de Administração, Gerlane Baccarin, entre outras autoridades. Na leitura da matéria constava uma gratificação para os cargos de nível superior destacados pelos engenheiros, zootecnistas, arquitetos e médicos veterinários”, explicou. Ainda, de acordo com ele, o ex-chefe do Executivo havia se comprometido em encaminhar a proposição para a ALE-RR.

Mesmo com a proposta pronta, o sindicalista informou que eles tiveram uma surpresa. “Recebemos um comunicado da Casa Civil, na época, por meio de um telefonema informando que o Projeto não seria mais encaminhado ao Legislativo por questões burocráticas”, lamentou. Porém o presidente diz confiar na sensibilidade do atual governador Chico Rodrigues (PSB) em resolver a questão.

“Fomos informados que a proposta só seria encaminhada ao Legislativo com o parecer da Proge e da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). Nossa pretensão agora é buscar um entendimento com o novo chefe do Executivo, pois acreditamos que ele se mostrará interessado em resolver a nossa situação. Mas para isso, queremos também contar com o apoio dos nossos parlamentares para interceder pelos profissionais”, disse o sindicalista, informando que a greve dos Profissionais da Área Tecnológica ainda não tem data para terminar.

O vice-presidente do SENGE-RR, Neovânio Soares Lima, afirma que a paralisação dos servidores já ocasionou um prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões em obras do estado que se encontram paradas por conta da falta de assinatura dos técnicos para liberação de faturas, afetando diretamente a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) e ações da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

“Nossa confiança é que o governo nos procure para abrir um canal de diálogo com o grupo, pois o estado está sendo prejudicado com essa paralisação, principalmente no tocante a pavimentação de estradas, liberação de créditos para a agricultura família, entre outros serviços”, afirmou.
 
Deputados apoiam
 
Preocupados com a situação dos Profissionais da Área Tecnológica do Estado que estão em greve há mais de três meses em busca de melhorias salariais e condições de trabalho, grande parte dos parlamentares estaduais se mostraram interessados em resolver de forma emergencial a questão.

Recentemente, em pronunciamento, o deputado Joaquim Ruiz (PTN) defendeu a abertura de um canal de diálogo com o governo para que as reivindicações da categoria sejam atendidas.

“Acredito que com um diálogo aberto resolveremos essa problemática em torno dos direitos trabalhistas desses profissionais. É importante frisar que trabalhamos por oito meses para buscar um entendimento com os servidores da Educação e Saúde, e após dois anos conseguimos aprovar os planos de cargos e salários dessas categorias. Acredito que com os profissionais da Área Tecnológica não será diferente”, garante.

Os deputados Zé Reinaldo (PSDB), Aurelina Medeiros (PSDB), Erci de Moraes (PPS), Brito Bezerra (PP) e Gabriel Picanço (PRB) também se mostraram favoráveis ao grupo grevista.  

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