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Na Maternidade

Ação rápida da equipe médica, salva bebê e mãe venezuelanos em maternidade.


Equipe salva bebê e mãe

Caso atípico. É que pode se chamar o que ocorreu com a venezuelana Dayris Yohanna Martinez, 23, que deu entrada no Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINS) nesta quarta-feira, e imediatamente foi levada ao Centro Cirúrgico. A paciente com seus nove meses de gestação, chegou à única maternidade pública de Roraima por volta das 14h40 e às 16h50 já estava na Ala das Rosas, em plena recuperação.

Moradora de uma comunidade próxima a Santa Elena do Uairén (VE), a paciente começou o processo de parto no país vizinho, tendo inclusive iniciado o corte para o parto cesáreo. Mas, segundo documento encaminhado junto com a paciente, o eletrocautério (bisturi elétrico) parou de funcionar e como o sangramento era intenso, a médica fez um curativo e encaminhou à paciente ao hospital de Boa Vista.

Para os profissionais que receberam no HMI, o caso é totalmente atípico, visto que houve corte para a retirada do bebê. Como dizem no linguajar médico, haviam múltiplas aderências, ou seja, colagem entre bexiga e útero, decorrentes dos outros dois partos cesáreos que ela passou. Os profissionais de saúde que acompanharam ou ouvem a história custam a acreditar que a paciente e o bebê sobreviveram.

Não resta dúvidas que a vida da paciente foi preservada pelo intermédio de Deus e pela ação rápida da equipe médica da maternidade. O médico Martin Moreno e a enfermeira Patrícia Borges a receberam e as médicas Andréia Barbosa e Cecília Mendes realizaram o parto, depois da anestesia do médico Tiago Monteiro. Ao ser questionada sobre os momentos vividos, Dayris se emocionou e apenas olhou para filha nos seus braços, contendo as lágrimas.

Com 23 anos, esse é o terceiro filho de Dayris Yohanna, sendo todos os nascimentos de partos cesáreos. As principais preocupações com a repetição de cesáreas incluem: problemas com a placenta, lesões de bexiga, sangramento intenso, enfraquecimento da parede uterina, entre outras questões.

Segundo a ginecologista e obstetra Andréia Barbosa, a preocupação era salvar o bebê. Ela esclarece que o procedimento deveria ter sido inverso, primeiro o parto para depois estancar o sangramento. A médica enalteceu o empenho de todas as equipes do HMI, no salvamento da mãe e do bebê. “O procedimento estava falho, e se não fosse a rapidez dos servidores o bebê teria morrido”, comentou.

A mulher que passa por uma cesariana leva, em média 48 horas para receber alta médica. De acordo com a médica, a paciente deve ser liberada nesta sexta-feira, 11.

PREVINA-SE

A maternidade é uma das unidades incentivadoras do parto humanizado, que é recomendação do próprio Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. 

A cesariana e feita em último caso, depois de esgotar todos os recursos.

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