- 12 de novembro de 2024
Somente atendimentos de urgência e emergência são realizados; restaurações ou curativos são realizados nos postos de saúde
Em média, 10 pessoas buscam diariamente os serviços odontológicos de urgência e emergência do Pronto Socorro Francisco Elesbão e do Pronto Atendimento Airton Rocha, no Hospital Geral de Roraima. Durante um mês, cerca de 300 pessoas são atendidas, o que corresponde a um número anual de 3.600 atendimentos.
O serviço teve início em 2.004 e funciona 24h de domingo a domingo. A unidade conta com a atuação de 10 profissionais que trabalham por turnos. Um profissional atende pela manhã, outro de tarde e a noite tem o plantão de 12 horas. Nos casos de politraumatismos urgentes que chegam ao Pronto Socorro, o dentista é acionado.
Para o coordenador odontológico do HGR, Rodrigo Barbosa, o número de procedimentos é ainda maior já que um mesmo paciente pode precisar de mais de uma intervenção odontológica. “No último mês foram realizados 450 procedimentos, boa parte das vezes no mesmo atendimento são realizados mais de um procedimento no paciente”, informa o coordenador.
Os casos mais frequentes são de dor aguda, hemorragias, politraumatismo e acidentes. “Temos muitos casos de suturas de mucosa e língua de pacientes que sofreram acidentes de trânsito, principalmente envolvendo motos”, afirmou. O dentista também diz que um dos casos decorrentes é de engasgamento com espinha de peixe. “A pessoa chega com a espinha na mucosa, o que gera um grande desconforto e dor e nós a retiramos do local”, explica.
Barbosa esclarece que apenas os atendimentos de urgência e emergência são realizados. “Somos procurados para realizar restaurações ou curativos que caíram e esses casos são tratados nas unidades básicas de saúde. Nosso papel é trabalhar com o alívio da dor e a resolução imediata do problema através de procedimentos e medicação”, comenta.
Conforme o coordenador, no final do atendimento os pacientes são orientados a dar continuidade ao tratamento. Se for um tratamento mais complexo, como o de canal, o paciente é encaminhado ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
“Nós realizamos todos os procedimentos para que o paciente busque o tratamento adequado para manter este dente. Muitos pacientes ficam controversos com o dentista, pois querem extrair o dente para aliviar a dor, porém, a nossa ação é medicar o paciente e fazer o possível para que não haja a extração e o dente seja tratado”, finaliza.