- 12 de novembro de 2024
Arena é so problemas
Manaus - A Arena da Amazônia impressiona pela beleza arquitetônica. Mas o governador do Estado, Omaz Aziz, admitiu que a inauguração do estádio de Manaus para os quatro jogos da Copa do Mundo, ontem à noite, apresentou problemas nos serviços ao público. “Era um evento-teste e nem tudo sai como esperamos. Mas vamos melhorar. As pessoas felizes pela satisfação da beleza da obra para mim é o termômetro. Hoje foi um dia de alegria pela inauguração e de tristeza pela eliminação do Nacional”, declarou Aziz, após o empate em 2 a 2 do Naça com o Remo-PA, que decretou a eliminação do time amazonense pela Copa Verde.
Entre as falhas de operacionalidade e funcionalidade da Arena, a dificuldade de acesso de torcedores com deficiência física, como cadeirantes, ao anel inferior da arquibancada, as sinalizações confusas para o público sobre os locais das lanchonetes e banheiros e os elevadores desligados para os camarotes e tribuna de imprensa. Até convidados VIPs. entre os quais o lutador do UFC José Aldo, tiveram que enfrentar lances de escadas. A internet indisponível, pelo wi-fi, chateou torcedores e também dificultou o trabalho dos jornalistas e radialistas.
Os banheiros, as quatro lanchonetes e barracas no entorno com refrigerantes, garrafinhas d’água e salgados foram os principais alvos de críticas. Com mais de 23 mil pessoas presentes no estádio, as filas quilômetricas em frente a esses pontos eram comuns. Muitos torcedores deixaram de acompanhar o primeiro tempo do jogo, quando o Nacional perdia de 1 a 0 para tentar comer e beber. Comidas e bebidas eram proibidas de serem trazidas pelo público à Arena e o estoque da maioria das lanchonetes e barracas não conteve a demanda no intervalo da partida.
“Não tem ninguém para nos informar se a água acabou. Vi venderem água do gelo sujo para os torcedores, agora imagina as doenças que podem contrair?”, questionou a finalista do curso de Enfermagem, Ivaneza Oliveira, 29.
O administrador de obras Naldo Medeiros foi outro torcedor revoltado com o atendimento. “É um absurdo. Simplesmente fiquei na fila à toa, mandaram todo mundo embora porque não tinha nem mais água para vender. Não tem condições para atender o público”, disse.
Em algumas lanchonetes o policiamento precisou conter o ânimo dos torcedores indignados com a demora e falta dos comes e bebes. Situação mais constrangedora sofreu o odontólogo Said Iamute. Cadeirante, ele já tinha passado por dois banheiros fechados. “Vim procurar, mas está difícil”, comentou.