- 12 de novembro de 2024
Cidade sofreu com forte temporal
Dois mortos, entre eles um bebê de quatro meses que foi soterrado na Zona Sul, e mais 37 ocorrências foram registradas em Manaus durante a chuva desde a noite de sexta-feira (7) e a manhã deste sábado (8). A Defesa Civil Municipal registrou em dez horas cerca de 200 milímetros de chuva nas ruas da cidade, o que corresponde a 200 litros de água por metro quadrado alagado. A avenida Constantino Nery, em frente a Arena da Amazônia Vivaldo Lima - que será inaugurada neste domingo (9) – foi um dos pontos que ficou embaixo d’água.
Segundo o balanço parcial da Prefeitura de Manaus, aponta que todas as Zonas da cidade foram atingidas por alagamentos, com maior ênfase nas Zonas Leste e Oeste. Os bairros Mauazinho e Campos Sales estão em situação mais crítica.
Na manhã deste sábado, um bebê de quatro meses ficou soterrado e morreu após um barranco de terra deslizar e atingir o quarto onde dormia. A casa fica localizada no bairro Petrópolis, na Zona Sul.
De acordo com moradores do local, o barranco deslizou e derrubou a parede do quarto em cima da cama onde a criança dormia, por volta das 7h. O pai do bebê e maus dois irmãos tiveram apenas escoriações pelo corpo e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas passam bem. O corpo do bebê foi retirado do local com a ajuda do Corpo de Bombeiros.
A Defesa Civil condenou outra casa em risco no mesmo local. Representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) e prestam atendimento à família da criança.
Outra vítima fatal da chuva foi um caseiro de 54 anos, que morreu após ser esmagado por um muro de um terreno na noite de sexta-feira. O local fica situado na rua Sabiá, bairro Campos Sales, Zona Oeste. De acordo com moradores, durante a chuva um barranco deslizou e o muro atingiu a vítima. Ele chegou a ser socorrido por populares com vida, mas morreu minutos depois, com traumatismo craniano. O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal e até o início desta tarde não havia sido identificado por familiares.
Segundo o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Farias, os pontos que inspiram mais cuidados são aqueles que ficam próximos de igarapés, que acabaram transbordando. As casas localizadas atrás do DB da Ponta Negra, de acordo com ele, estão sofrendo bastante por conta do transbordamento das águas.
“Estamos acompanhando a quantidade de chuva através de nossos pluviômetros instalados na cidade. Só saberemos os danos ao certo quando parar de chover, pois os problemas são contabilizados apenas quando a chuva encerra. As linhas da Defesa Civil estão disponíveis para atender toda a população”, disse Farias.
Quatro equipes da Defesa Civil trabalham desde a noite desta sexta-feira para tentar minimizar os danos da forte chuva que atinge a cidade de forma ininterrupta. Os homens da Casa Militar vêm atuando de forma integrada com o Corpo de Bombeiros, que também tem recebidos ligações desde a madrugada.
Uma casa onde funcionava uma lan house, situada na avenida Manaus 2000 com a rua Walter Mestrinho, no bairro Japiim, foi arrastada pela enxurrada no Igarapé do 40. Os destroços da casa de madeira ficaram presos na ponte que liga o Complexo viário Rodrigo Otávio, nas proximidades do Supermercado DB. (A Crítica)