00:00:00

Infraestrutura

Luciano destaca Brs em RR


A BR 174 é uma rodovia estratégica.  Liga Roraima ao Amazonas e é a porta de entrada do Brasil para a Venezuela e o Caribe. Esta é a opinião do deputado Luciano Castro (PR/RR). Em entrevista à Rede Tropical, em Brasília, o parlamentar falou sobre os recursos para obras de restauração da BR 174 e fez um balanço da situação das demais rodovias federais que cortam o Estado.

Confira a integra da entrevista:

Importância da BR 174 

A BR 174 é a rodovia eixo do Estado. Ela liga Roraima ao Amazonas, ou seja, é a porta de entrada para o Brasil, tanto do Caribe como da Venezuela. Então é uma rodovia estratégica para o Brasil, pois o fato de nos ligar a Venezuela, que é nova integrante do Mercosul, a faz ser chave no processo de desenvolvimento das relações bilatérias com este país. Além disso, ela é importantíssima para o próprio estado do Amazonas e a Zona Franca de Manaus.

Trabalho do PR e do MT no Estado

Nós estamos [PR] há algum tempo a frente do Ministério dos Transportes. Começou com o ministro Alfredo Nascimento, depois Paulo César e, agora, César Borges. E não tem faltado apoio a Roraima. A nossa dificuldade ocorre em razão dos projetos que dificultaram o andamento dessas obras. Não foi por falta de acordo do Governo, nem de recursos, mas sim dos projetos.

No Brasil, os projetos para rodovias têm tido diversas dificuldades e isso é uma coisa generalizada: problemas efetivos das empresas projetistas. Nós tivemos, por exemplo, no caso da BR 210, que refazer o projeto e cancelar o contrato já feito. Agora essa obra está sendo licitada de novo para retomarmos essa importante obra da BR 210, que é tão aguardada na pelos municípios do sul do estado.

Outro caso é com a BR 174. Nós tivemos problemas com a Egesa, uma empresa de engenharia de dimensão nacional. Ela pediu rescisão contratual, não só dessa obra, mas em todas no Brasil, por problemas de ordem financeira. Com isso, nós tivemos que rescindir os contratos e licitar de novo. Agora já temos uma nova empresa que está se instalando para fazer o trecho que a Egesa deixou de fazer.

Evidentemente que esses tropeços atrasam e muito, mas o ministro César Borges, o general Jorge Fraxe, que é o diretor geral do DNIT, tem dado todo o apoio as nossas iniciativas para poder dotar Roraima com uma das melhores rodovias federais do país.   

Criação da Superintendência do DNIT em RR

Nós lutamos durante muitos anos para sair da dependência da superintendência de Manaus e conseguimos. Graças a Deus, esse ano nós conseguimos a instalação da nova superintendência do DNIT em Roraima e a nomeação do engenheiro Pedro Christ para direcionar e gerenciar os trabalhos da superintendência.

Há também a nomeação do engenheiro local que passou no concurso e, hoje já chefia a engenharia do DNIT em Roraima. Então, são avanços que nós conseguimos porque Roraima tem muitas rodovias federais; temos a BR 174, 210, 432, 433, 401 e a BR 431. Nossa malha rodoviária federal também é muito extensa e, há muitos anos, vivia abandonada. Agora estamos no âmbito de um programa de restaura para fazer das rodovias federais de Roraima rodovias de padrão.
Investimentos nas rodovias

Nós estimamos que os investimentos para as rodovias federais de Roraima cheguem a 700 milhões de reais. Naturalmente que esses recursos vieram do ano retrasado, do ano passado e deste ano e que devem vir no ano que vem para o programa de restauração e de manutenção de rodovias. Alguns desses recursos vieram para o estado outros estão sendo executado direto pelo DNIT, mas nem tudo veio para o Estado de Roraima. Algumas execuções e licitações são feitas diretamente com o DNIT.

Parceria com o governo

Não é fácil convencer autoridades de Brasília em investir um grande volume de recursos em Roraima, que é um estado pequeno e com pouco trafego nas BR’s. As rodovias federais do país têm problemas demais em “tudo que é canto”. Em estados chaves, como o Mato Grosso, que é um estado altamente produtor, as rodovias estão um verdadeiro caos. Convencer sobre a importância das rodovias federais de Roraima exige muito trabalho e persistência, mas estamos conseguindo isso. Pela viabilidade econômica, não conseguiríamos colocar esses recursos que colocamos em Roraima, mas é a partir da defesa do posicionamento estratégico do estado que convencemos os investimentos.

Privatização de trechos

As rodovias de Roraima não entraram no processo de privatização de trechos, nem devem entrar tão cedo, porque elas não têm volume de trafego que justifique a tração da iniciativa privada para um processo de concessão. Portanto, não há interesse da iniciativa privada em conseguir assumir as rodovias de Roraima, o que seria muito bom, porque a manutenção ficaria por conta deles e haveria uma cobrança de pedágio pela manutenção. Mas pela falta de retorno econômico que a rodovia possa dar, não há esse interesse. Só o Governo Federal pode bancar, porque nem o governo do Estado consegue manter as rodovias federais. 

Últimas Postagens